Economia

Banco Nacional Suíço guarda 70% de seu ouro na Suíça

Uma iniciativa popular pede que 100% das reservas do metal precioso do BNS sejam guardadas no país


	Ouro: o BNS disse que se opõe à iniciativa popular sobre o ouro, apresentada pelo partido de direita populista UDC
 (Sebastian Derungs/AFP)

Ouro: o BNS disse que se opõe à iniciativa popular sobre o ouro, apresentada pelo partido de direita populista UDC (Sebastian Derungs/AFP)

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Da Redação

Publicado em 26 de abril de 2013 às 11h25.

Genebra - O Banco Nacional Suíço (BNS) guarda 70% de suas 1.040 toneladas de ouro em território suíço, declarou nesta sexta-feira o presidente do grupo, Thomas Jordan, na assembleia geral de acionistas reunida em Berna.

Em um exercício de transparência, o BNS, cotado na Bolsa suíça, revela pela primeira vez onde guarda seu ouro para responder a uma iniciativa popular que pede que 100% das reservas do metal precioso do BNS sejam guardadas no país alpino.

Os 30% restantes estão guardados no Banco da Inglaterra (20%) e no Banco Central do Canadá (10%).

"Há mais de 10 anos, o Banco Nacional guarda suas reservas de ouro exclusivamente no país", disse Jordan.

O BNS também disse que se opõe à iniciativa popular sobre o ouro, apresentada pelo partido de direita populista UDC.

Esta iniciativa exige, entre outras disposições, que 20% dos ativos totais do BNS estejam em ouro.

Segundo Thomas Jordan, esta porcentagem limitaria a liberdade de ação do BNS, cuja primeira missão é garantir a estabilidade de preços na Suíça.

"Estimamos que é nosso dever advertir com antecedência suficiente os grandes inconvenientes desta iniciativa", declarou Jordan.

O texto pede ao BNS que suspenda as vendas de ouro, que repatrie à Suíça o ouro guardado no exterior e que ao menos 20% de suas reservas estejam em ouro.

Segundo a UDC, conservar as reservas de 1.040 toneladas de ouro é indispensável para garantir a estabilidade do franco suíço.

A UDC recolheu 100.000 assinaturas necessárias para apresentar sua iniciativa, que será submetida à votação pelos suíços em dois anos.

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