Economia

Banco Mundial vê nuvens negras no horizonte latino-americano

Banco vê nuvens negras devido à incerteza e volatilidade geradas pela mudança na política monetária dos EUA e a desaceleração chinesa


	Sede do Banco Mundial: "os mercados financeiros globais seguem nervosos e voláteis", afirmou o BM em seu relatório
 (Win McNamee/Getty Images)

Sede do Banco Mundial: "os mercados financeiros globais seguem nervosos e voláteis", afirmou o BM em seu relatório (Win McNamee/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 9 de abril de 2014 às 13h36.

Washington - O Banco Mundial (BM) vê "nuvens negras" no horizonte econômico da América Latina devido à incerteza e volatilidade geradas pela mudança na política monetária dos Estados Unidos e a desaceleração chinesa.

"Os mercados financeiros globais seguem nervosos e voláteis", afirmou o BM em seu relatório semestral sobre a região, que aponta que a mudança nas expectativas sobre a normalização das políticas monetárias, sobretudo nos EUA, é fundamental nesta volatilidade, da mesma forma que a incerteza sobre a desaceleração chinesa e seu possível impacto no preço das matérias-primas.

"Os mercados emergentes em geral e a América Latina em particular sofreram um golpe por causa desse cenário", disse o organismo internacional, que realiza nesta semana em Washington sua reunião conjunta com o Fundo Monetário Internacional (FMI).

O estudo divulgado hoje pelo Banco Mundial destaca que o crescimento nos países emergentes vive "uma desaceleração bastante generalizada", de cerca de três pontos percentuais em comparação com os níveis após a crise de 2008 e 2009.

A previsão de crescimento para o Brasil é de 2% ou pouco menos. A tendência de uma menor expansão é especialmente alta na América Latina e no Caribe, que crescerá só 2,3% neste ano, segundo o Banco Mundial, índice inferior ao 2,5% antecipado ontem pelo Fundo Monetário Internacional (FMI).

O estudo chama a atenção para a heterogeneidade" da região, onde convivem situações como a da Venezuela, onde se espera uma contração de 1%, com a do Panamá, que deverá crescer 7%, ou a do Peru, que se expandirá 5,5%.

Chile e Colômbia também seguem superando a média regional, com crescimentos esperados acima de 3,5 %.

No México, a previsão é de alta de cerca de 3%, alimentado pelas reformas econômicas no país.

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