Economia

Banco do Japão mantém taxas de juros virtualmente zeradas

Instituição manteve as taxas de juros entre 0% e 0,1%, nível no qual se encontram desde dezembro de 2008

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 23 de maio de 2012 às 06h53.

Tóquio - O Banco do Japão (BOJ) decidiu nesta quarta-feira manter as taxas de juros entre 0% e 0,1%, nível no qual se encontram desde dezembro de 2008, e ressaltou os riscos derivados do "alto grau de incerteza" devido à crise global.

Após concluir sua reunião mensal de dois dias, a junta de política monetária do banco central japonês emitiu um comunicado no qual avaliou que a economia do país se encaminha rumo a "uma fase de alta", apesar de sua atividade manter-se "mais ou menos plana".

Além disso, estimou, assim como em seu anterior relatório, que a economia global "ainda não superou a fase de desaceleração", mas que é observado um avanço "moderado" nos Estados Unidos.

A entidade também destacou a necessidade de prestar "muita atenção" ao desenvolvimento dos mercados dos EUA e da Europa, que gerou "certo nervosismo" em nível global por causa da crise de dívida na zona do euro.

Quanto à economia japonesa, o relatório destaca que as exportações se mantiveram "mais ou menos planas", enquanto a demanda doméstica e o investimento público aumentaram.

Enquanto isso, as condições financeiras do Japão continuaram "melhorando" e o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) segue em torno de 0%.

Quanto às perspectivas da economia do país, o BOJ disse esperar o retorno ao caminho da "recuperação moderada", na esteira da melhora das condições financeiras globais, liderada pelas economias emergentes e os países exportadores de matérias-primas.

Também contribuirá para a melhora das condições econômicas do país o aumento da demanda associada à reconstrução das zonas devastadas pelo terremoto e o posterior tsunami de março de 2011.

No mês passado, o BOJ anunciou a ampliação de seu programa de compra de ativos de 65 trilhões para 70 trilhões de ienes (US$ 871,2 bilhões), em uma nova medida de flexibilização monetária destinada a combater a deflação e estimular a economia.

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