O presidente do Banco do Japão (BoJ), Haruhiko Kuroda: o banco central demonstrou estar mais otimista em relação à inflação (Yuya Shino/Reuters)
Da Redação
Publicado em 8 de agosto de 2013 às 07h28.
Tóquio - O Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês) manteve a sua política monetária inalterada em agosto pela quinta vez consecutiva, depois de ter introduzido medidas de flexibilização drásticas no início de abril. A decisão de manter a taxa de juros é um sinal de confiança de que o plano para estimular o crescimento da economia está indo bem.
Após uma reunião de dois dias que terminou nesta quinta-feira, o banco central decidiu não modificar a sua avaliação sobre a economia e usou a mesma frase que utilizou no mês anterior. "A economia está começando a se recuperar moderadamente", disse o BOJ.
Menos de um mês depois que a autoridade monetária usou a palavra "recuperação" pela primeira vez em mais de dois anos para descrever o estado da economia do país, a repetição da avaliação sobre a economia sugere que os dados econômicos divulgados neste intervalo não foram suficientes para convencer o BOJ a ser mais otimista em sua nova leitura.
Mas o banco central demonstrou estar mais otimista em relação à inflação, e afirmou que "as expectativas de inflação parecem estar crescendo como um todo".
Antes de anunciar uma recuperação econômica completa, no entanto, o banco central pode querer esperar por evidências mais sólidas, incluindo um aumento nas despesas de capital das empresas, através de dados do Produto Interno Bruto (PIB), previsto para a próxima semana.
O indicador de crescimento econômico é esperado para mostrar se a economia do Japão continua a crescer em um ritmo saudável no segundo trimestre, o que sustentaria a decisão do governo de aumentar o imposto sobre as vendas.
O BoJ decidiu, por unanimidade, manter a sua política de aumentar a base monetária em 60 trilhões de ienes a 70 trilhões de ienes anualmente .
O membro do conselho, Takahide Kiuchi, ex-economista do Nomura Securities, propôs pelo quarto mês consecutivo que o compromisso de inflação do banco central fosse mais flexível para que as taxas de longo prazo se estabilizassem.
Ele ainda afirmou que a meta de inflação de 2% deve ser caracterizada como algo a ser implementado no "médio e longo prazo" e que a política de flexibilização atual fosse vista "como uma medida intensiva com um prazo de cerca de dois anos". Sua proposta foi rejeitada pelos outros 8 membros. Fonte: Dow Jones Newswires.