Economia

Banco do Japão mantem juros em até 0,1%

O BOJ também decidiu ampliar seu programa de créditos para o crescimento industrial a US$ 66,5 bilhões

Sede do BoJ em Tóquio: o banco espera que a terceira maior economia do mundo 'saiu gradualmente da atual fase de estagnação e volte ao caminho da recuperação moderada' (Kazuhiro Nogi/AFP)

Sede do BoJ em Tóquio: o banco espera que a terceira maior economia do mundo 'saiu gradualmente da atual fase de estagnação e volte ao caminho da recuperação moderada' (Kazuhiro Nogi/AFP)

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Da Redação

Publicado em 13 de março de 2012 às 07h29.

Tóquio - O Banco do Japão (BOJ) manteve nesta terça-feira as taxas de juros entre 0% e 0,1%, ao tempo que decidiu ampliar seu programa de créditos para o crescimento industrial a 5,5 trilhões de ienes (US$ 66,5 bilhões).

O banco central japonês fez este anúncio ao término de sua reunião mensal de dois dias, na qual manteve os juros no baixíssimo nível em que se encontram desde dezembro de 2008, quando os rebaixou para enfrentar a crise econômica.

Em comunicado, a junta de Governo do BOJ anunciou a extensão por dois anos do programa de créditos a juros baixos que introduziu em junho de 2010 para bancos comerciais, a fim de financiar pequenas empresas e setores com capacidade de crescimento.

O programa, que inicialmente expiraria em 31 de maio, ainda foi ampliado de 3,5 trilhões de ienes (US$ 42,3 bilhões) para 5,5 trilhões (US$ 66,5 bilhões).

Por outra parte, o BOJ prorrogou por um ano mais, até abril de 2013, o respaldo creditício de 1 trilhão de ienes (US$ 12,09 bilhões) às instituições financeiras das zonas arrasadas pelo devastador tsunami de 2011.

Assim como em sua avaliação de fevereiro, o Banco do Japão indicou nesta terça-feira que a atividade econômica do país permanece 'mais ou menos plana', embora tenha havido alguns sinais de recuperação.

A entidade também reconheceu que as economias estrangeiras 'ainda não saíram de uma fase de desaceleração', mas matizou que são observadas melhoras nos EUA, enquanto 'a débil economia da Europa deixou de deteriorar-se'.

Segundo o emissor japonês, a reconstrução das zonas assoladas pelo desastre de março de 2011 permitiu a 'melhora moderada' do investimento empresarial e o consumo privado se afirmou 'em parte graças às medidas para estimular a demanda de automóveis'.

O BOJ espera que a terceira maior economia do mundo 'saiu gradualmente da atual fase de estagnação e volte ao caminho da recuperação moderada', embora ainda haja 'um alto grau de incerteza' sobre a evolução da economia global. 

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