China: ministro das Finanças chinês explicou que a primeira reunião do conselho executivo do banco será realizada entre os dias 16 e 18 de janeiro (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 25 de dezembro de 2015 às 10h44.
Pequim - O governo da China estabeleceu oficialmente nesta sexta-feira o Banco Asiático de Investimento em Infraestruturas (BAII) e anunciou que a entidade iniciará suas operações a partir de meados de janeiro.
A fundação formal dessa instituição financeira apoiada por Pequim foi possível uma vez que 17 países, com uma contribuição de 50,1% do capital inicial de US$ 100 bilhões do banco, confirmaram os estatutos estipulados pelos 57 membros fundadores em maio e assinados em junho.
De acordo com o regulamento da entidade, esses estatutos tinham que ser confirmados pelos órgãos legislativos de pelo menos dez membros fundadores e de países que fornecessem pelo menos a metade das contribuições do capital inicial.
O governo chinês, grande impulsor do banco e principal investidor, e os de outros 16 países, entre eles Alemanha (quarto maior acionista), Reino Unido, Austrália e Coreia do Sul, já aprovaram o documento de fundação da instituição, o que deu à China a opção de autorizar seu funcionamento.
O ministro das Finanças chinês explicou que a primeira reunião do conselho executivo do banco será realizada entre os dias 16 e 18 de janeiro em Pequim, cidade que sediará a entidade.
Nesse encontro será eleito o presidente da instituição - cargo para o qual China designou Jin Liqun, antigo vice-ministro de Finanças do país e ex-vice-presidente do Banco Asiático de Desenvolvimento (BAD) - e a equipe da diretoria. Depois, a instituição financeira começará a realizar suas operações.
Na repartição de ações e votos divulgada em junho, a China é, com um investimento de US$ 29,780 bilhões, o país que mais dinheiro contribui e, com seu poder de voto, também terá a capacidade de bloquear as decisões que necessitem 75% dos votos.
Os outros dois grandes acionistas do banco são a Índia, que investirá US$ 8,367 bilhões, e a Rússia, com US$ 6,536 bilhões, seguidos por Alemanha e Coreia do Sul.