Câmbio: o Sudeste poderá ser beneficiado pelos impactos da depreciação cambial sobre as exportações e a competitividade da indústria regional (Bruno Domingos/Reuters)
Da Redação
Publicado em 13 de fevereiro de 2014 às 11h40.
Brasília - O boletim regional trimestral do Banco Central (BC) divulgado hoje (13), em Curitiba, indica a manutenção do crescimento econômico em 2014, que se intensificou, segundo os técnicos do governo, no ano passado. No trimestre encerrado em novembro, o Índice de Atividade Econômica do Banco Central – Brasil (IBC-BR) cresceu 0,3%, na comparação com o trimestre encerrado em agosto.
As perspectivas, agora, para a Região Norte, por exemplo, indicam crescimento da atividade nos próximos trimestres, favorecida pelos impactos de um ritmo mais intenso da economia mundial sobre as exportações de produtos básicos. Também influirá a manutenção do dinamismo do mercado de trabalho interno. O setor industrial, após desempenho negativo em 2013, tende a ser estimulado pelo aumento da demanda por produtos fabricados na Zona Franca de Manaus, informa o BC.
No Nordeste, as perspectivas para 2014 deverão ser favorecidas pela recuperação da agropecuária. O setor agrícola foi negativamente impactado pela seca dos últimos dois anos. Para o Centro-Oeste, as estimativas são de manutenção da renda agrícola e de seus efeitos sobre o mercado interno da região.
O Sudeste poderá ser beneficiado pelos impactos da depreciação cambial sobre as exportações e a competitividade da indústria regional. A Região Sudeste receberá os benefícios do dinamismo da demanda doméstica, para o que deverá contribuir os investimentos em infraestrutura em andamento. Já para o Sul, as expectativas quanto ao nível de atividade devem considerar a expansão modesta da atividade agrícola e, também, o impacto da recuperação das economias desenvolvidas sobre as exportações da região.