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Da Redação
Publicado em 28 de outubro de 2008 às 16h29.
Com o objetivo de reforçar a disponibilização de crédito no mercado, o Banco Central anunciou nesta segunda-feira (13/10) a liberação de mais 100 bilhões de reais por meio de alteração nas regras do depósito compulsório o dinheiro que os bancos são obrigados a manter junto ao Banco Central. A medida abrange depósitos à vista (conta corrente), a prazo (Certificados de Depósitos Bancários (CDBs) e Recibos de Depósitos Bancários (RDBs)), interfinanceiros (leasing) e a exigibilidade adicional de depósitos à vista e a prazo (o valor extra que os grandes bancos devem recolher ao Banco Central).
Os recursos serão liberados pelo Banco Central de acordo com a necessidade do mercado. Por isso, o programa não tem um calendário específico, sendo a liberação efetuada por meio de circulares divulgadas no Sistema de Informações Eletrônicas do Banco Central (Sisbacen). Hoje, a alíquota de recolhimento para os depósitos à vista e a prazo é de 15%, enquanto para os depósitos interfinanceiros é de 5%.
Essa é a quarta vez que o Banco Central altera as regras do compulsório para evitar que falte dinheiro no mercado. Juntas, as medidas colocam 160 bilhões de reais a mais em circulação, o que representa 62% dos 259,5 bilhões de reais recolhidos ao Banco Central a título de compulsório em agosto. Com isso, o Banco Central minimiza os efeitos da crise internacional, que reduziu drasticamente o volume de recursos disponíveis no mercado e colocou em risco o sistema financeiro mundial. Garantindo recursos aos bancos, o Banco Central evita que as instituições deixem de realizar empréstimos a empresas e consumidores.