Economia

Banco Central Europeu está preocupado com as ameaças protecionistas

O presidente do Banco Central Europeu está preocupado com as medidas protecionistas adotadas pelos EUA e a ameaça ao comércio internacional

BCE: Mario Draghi afirmou que é esperada uma queda no crescimento econômico europeu (Kai Pfaffenbach/Reuters)

BCE: Mario Draghi afirmou que é esperada uma queda no crescimento econômico europeu (Kai Pfaffenbach/Reuters)

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AFP

Publicado em 26 de abril de 2018 às 11h08.

O presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, expressou sua preocupação nesta quinta-feira ante um reforço das ameaças protecionistas contra a economia mundial, uma vez que os Estados Unidos poderão impor tarifas à Europa nos próximos dias.

"Os riscos relacionados com os fatores de natureza mundial, incluindo as ameaças de reforço do protecionismo, se tornaram mais importantes", declarou Mario Draghi durante uma coletiva de imprensa em Frankfurt.

O presidente do BCE também constatou uma certa moderação na economia da zona euro.

"Depois de vários trimestres de crescimento mais elevado que o previsto, as informações disponíveis desde nossa última reunião no início de março parecem indicar uma crescimento moderado", declarou Draghi após a divulgação da continuidade das taxas básicas em seus níveis atuais.

O BCE manteve nesta quinta-feira suas taxas básicas de juros sem alteração, em seu mínimo histórico, e confirmou seu amplo programa de compra de dívida ao menos até setembro.

A principal taxa de juros, de referência para o crédito na zona euro, se manteve em zero por cento, enquanto que a taxa de depósitos continuará com um juros negativo de -0,40%.

O Conselho de Diretores também decidiu continuar até setembro, ou talvez além, se necessário, com seu programa de compra de dívida pública e privada, conhecido como flexibilização quantitativa, a um ritmo de 30 bilhões de euros mensais.

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