Bandeira da União Europeia (inakiantonana/Getty Images)
Reuters
Publicado em 4 de junho de 2020 às 09h45.
Última atualização em 4 de junho de 2020 às 09h51.
O Banco Central Europeu intensificou seu programa de estímulo nesta quinta-feira para impulsionar uma economia que afundou em sua maior recessão desde a Segunda Guerra Mundial devido à pandemia de coronavírus.
Poucos meses após uma série de medidas emergenciais, o BCE aumentou o tamanho do seu Programa de Compra de Emergência Pandêmica em 600 bilhões de euros, para 1,35 trilhão de euros, e prorrogou o programa até junho de 2021, seis meses a mais do que o originalmente planejado.
O BCE também disse que vai reinvestir os recursos até pelo menos o final de 2022.
Conforme a contração se aprofunda e dura mais do que o esperado, os governos estão registrando déficits recordes para aliviar o impacto da pandemia, colocando um peso maior sobre o BCE para absorver essa nova dívida e manter os custos de empréstimos gerenciáveis.
O BCE sempre deixou claro que fará sua parte e o movimento desta quinta-feira deve garantir tanto aos governos quanto aos investidores que o banco não irá tolerar um aumento dos rendimentos que possa alimentar dúvidas sobre a viabilidade da dívida europeia.
"O Conselho continua preparado para ajustar todos os seus instrumentos, conforme apropriado, para garantir que a inflação avance na direção de seu objetivo de maneira sustentada, em linha com seu compromisso com a simetria", disse o BCE em comunicado.
Com a decisão desta quinta-feira, o BCE também manteve sua principal taxa de juros em 0% e sua taxa de depósito, agora de fato a referencial, em -0,5%.