Economia

Banco central dos EUA teme desaceleração da economia americana

Em sua reunião de política monetária de julho, o Fed reduziu as taxas de juros pela primeira vez em mais de uma década

Jerome Powell,: presidente do Fed admitiu na coletiva de imprensa em 31 de julho que o corte era um seguro "contra os riscos do fraco crescimento econômico global e da incerteza comercial". (Mark Wilson/Getty Images)

Jerome Powell,: presidente do Fed admitiu na coletiva de imprensa em 31 de julho que o corte era um seguro "contra os riscos do fraco crescimento econômico global e da incerteza comercial". (Mark Wilson/Getty Images)

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AFP

Publicado em 21 de agosto de 2019 às 18h27.

Última atualização em 21 de agosto de 2019 às 18h37.

A incerteza comercial e o fraco crescimento mundial provavelmente vão continuar sendo um risco persistente, levando a uma desaceleração da economia dos Estados Unidos, indicou nesta quarta-feira o Federal Reserve (Fed, banco central).

Em sua reunião de política monetária de julho, quando o Fed reduziu as taxas de juros pela primeira vez em mais de uma década, os membros da entidade disseram que tinham todas as opções em aberto e evitaram sinalizar que os juros sigam um "curso pré-determinado".

A guerra comercial do presidente Donald Trump com Pequim elevou as incertezas mundiais e freou os investimentos das empresas, justamente num momento em que a China tende a crescer menos e a Europa sofre com a incerteza do Brexit.

O Fed espera que esses riscos se mantenham e que "a continuada fraqueza no crescimento econômico mundial e as atuais tensões comerciais tenham o potencial de desacelerar a atividade econômica dos Estados Unidos", segundo a ata da reunião de política monetária do Fedde 30 e 31 de julho.

Após quatro aumentos de juros em 2018, o último em dezembro, o organismo ficou pressionado por Trump para voltar atrás e estimular a economia com um corte das taxas.

Embora o documento não se refira às pressões de Trump, os membros do Fed disseram que "serão guiados por informações futuras e suas implicações para as perspectivas econômicas e evitarão qualquer aparência de seguir um curso pré-determinado".

O corte decidido naquela reunião foi visto como "parte de uma recalibração" e, dada a incerteza em torno das perspectivas, os membros da instituição "enfatizaram a necessidade de permanecer flexível e focados nas implicações dos dados futuros".

O presidente do Fed, Jerome Powell, admitiu na coletiva de imprensa em 31 de julho que o corte era um seguro "contra os riscos do fraco crescimento econômico global e da incerteza comercial".

E a ata mostrou que as autoridades estavam "cientes" de que as tensões comerciais estavam longe de serem resolvidas e que as incertezas poderiam se intensificar novamente.

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