Economia

Banco Central deve moderar cortes nas taxas de juros

Como os riscos de inflação "permanecem limitados", a alta de preços ficará neste ano em torno de 4,5%, dentro da meta traçada pelo governo, de acordo com o BC

O Banco Central aplicou sete cortes consecutivos de meio ponto percentual e situou a taxa básica Selic em 8,5% anuais, o valor mais baixo registrado no país (Agência Brasil)

O Banco Central aplicou sete cortes consecutivos de meio ponto percentual e situou a taxa básica Selic em 8,5% anuais, o valor mais baixo registrado no país (Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 8 de junho de 2012 às 12h36.

Brasília - O Banco Central (BC) anunciou nesta sexta-feira que deve moderar os cortes nas taxas de juros, atualmente em 8,5% anuais, para reduzir a pressão inflacionária.

Como os riscos de inflação 'permanecem limitados', a alta de preços ficará neste ano em torno de 4,5%, dentro da meta traçada pelo governo, de acordo com o que o BC registrou na ata da última reunião do conselho de política monetária, divulgada hoje.

A inflação acumulou, até maio, uma alta de 2,24%, segundo dados oficiais divulgados na quarta-feira, que constataram a tendência de desaceleração dos preços. A autoridade monetária manteve estáveis os cálculos para a inflação de 2013, e espera-se que o índice supere em pouco 4,5%.

A ata também indicou que a recuperação da economia brasileira 'vem ocorrendo mais lentamente do que se antecipava', mas considerou que o consumo interno vai continuar 'robusto' nos próximos meses. Com os dados, a entidade anunciou que os próximos cortes da taxa de juros serão feitos 'com parcimônia'.

O Banco Central aplicou sete cortes consecutivos de meio ponto percentual e situou a taxa básica Selic em 8,5% anuais, o valor mais baixo registrado no país.

Apesar da flexibilização da política monetária, a economia brasileira se estagnou no primeiro trimestre, quando registrou um crescimento de 0,2% do Produto Interno Bruto (PIB). 

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