Economia

Banco Central aumenta projeção de inflação para 6,4%

A projeção para a inflação este ano foi revisada pelo Banco Central em nível mais próximo ao teto da meta, de 6,5%


	Banco Central: em 2015, a inflação deve recuar e encerrar o período em 5,7%
 (Ana Araujo/Veja)

Banco Central: em 2015, a inflação deve recuar e encerrar o período em 5,7% (Ana Araujo/Veja)

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Da Redação

Publicado em 26 de junho de 2014 às 09h42.

Brasília - O Banco Central (BC) revisou a projeção para a inflação este ano em patamar mais próximo ao teto da meta, que é 6,5%.

Na estimativa do BC, a inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), deve ficar em 6,4%, este ano, 0,3 ponto percentual acima da projeção divulgada em março.

A estimativa está no Relatório Trimestral de Inflação, divulgado hoje (26).

Em 2015, a inflação deve recuar e encerrar o período em 5,7%, ante 5,5% previstos anteriormente.

Em 12 meses acumulados no final do segundo trimestre de 2016, a projeção é 5,1%.

Essas projeções são do cenário de referência, em que o BC levou em considerações informações disponíveis até o último dia 6 para fazer as estimativas.

Nesse cenário foram considerados o dólar a R$ 2,25 e a taxa básica de juros, a Selic, em 11% ao ano.

O BC também divulga os dados do cenário de mercado, que faz estimativas para a taxa de câmbio e a Selic.

No cenário de mercado, a previsão para a inflação neste ano também é 6,4%, 0,2 ponto percentual acima da estimativa de março.

Em 2015, a projeção é 6% e em 12 meses acumulados no final do segundo trimestre de 2016, 5%.

As estimativas de inflação estão acima do centro da meta (4,5%) a ser seguida pelo BC.

Essa meta tem como limite superior 6,5%.

Um dos instrumentos usados para influenciar a atividade econômica e, consequentemente, a inflação, é a Selic.


Usada nas negociações de títulos públicos no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic), a taxa serve de referência para as demais taxas de juros da economia.

Quando o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC aumenta a Selic, o objetivo é conter a demanda aquecida e isso gera reflexos nos preços, porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança.

Já quando o Copom reduz os juros básicos, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, mas a medida alivia o controle sobre a inflação.

O BC tem que encontrar equilíbrio ao tomar decisões sobre a taxa de juros, de modo a fazer com que a inflação fique dentro da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional.

A Selic passou por um ciclo de nove altas seguidas, até abril, quando foi ajustada para 11% ao ano.

Em maio, o Copom decidiu interromper o aperto monetário, com manutenção da taxa básica em 11% ao ano.

De acordo com o BC, aumentou a probabilidade estimada de a inflação ultrapassar o limite superior da meta.

No cenário de referência, em 2014, ficou em torno de 46% e, em 2015, 30%.

Em março, essa probabilidade era 38%, em 2014 e 27%, em 2015.

No cenário de mercado, essa probabilidade ficou em cerca de 48%, este ano, e em 38%, em 2015.

Em março, essa probabilidade era menor: 40%, este ano, e 29%, em 2015.

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