EXAME.com (EXAME.com)
Da Redação
Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h25.
As contas do Brasil registraram, em março, um déficit de 1,27 bilhão de dólares. A conta capital e financeira, que engloba os investimentos e dívidas no país, foi a que mais contribuiu para o resultado negativo, em razão de ter registrado um déficit de 1,65 bilhão. O balanço de pagamentos foi divulgado na manhã desta terça-feira (27/4) pelo Banco Central (BC).
A conta corrente, também chamada de transações correntes, foi superavitária em 817 milhões de dólares. No resultado positivo, destacou-se o superávit de 2,6 bilhões da balança comercial. O pagamento de dívidas ao Fundo Monetário Internacional (FMI), no valor de 1,4 bilhão, impediu um resultado melhor.
No primeiro trimestre, o balanço de pagamentos ficou positivo em 2,63 bilhões de dólares. No acumulado dos três primeiros meses, tanto a conta corrente (1,68 bilhão de dólares) quanto a conta capital e financeira (1,62 bilhão) ficaram positivas. A conta erros e omissões contribuiu negativamente (-676 milhões) para esse resultado.
Investimentos e reservas
Os investimentos estrangeiros diretos líquidos no país somaram 703 milhões de dólares em março, o que representa um crescimento de 147,7% em relação aos 284 milhões registrados em março do ano passado.
As reservas internacionais no conceito de liquidez internacional diminuíram 1,3 bilhão de dólares em março de 2004, fechando o mês com um total de 51,6 bilhões. A redução não ocorreu em razão de intervenções do BC no câmbio, já que a instituição não entrou no mercado em março. Provocaram a diminuição das reservas a amortização com o FMI, além de outras amortizações de títulos e de dívidas com o Clube de Paris.
Dívida externa
A dívida externa brasileira, em janeiro deste ano, aumentou 1,3 bilhão de dólares em relação a dezembro de 2003. O aumento de 0,6% elevou a dívida para 216 bilhões. Desse total, 196 bilhões corresponderam a endividamento de médio e longo prazo. Para os vencimentos desses prazos, estima-se, para esse ano, pagamentos da ordem de 38,7 bilhões de principal e 15,9 bilhões de juros.
O crescimento da dívida externa ocorreu, principalmente, em razão dos desembolsos do bônus Global 34, de 1,5 bilhão de dólares, e de 941 milhões de títulos do setores privado e público.