Porto de Santos: em junho, as exportações chegaram a US$ 18 bilhões (Governo Federal/Divulgação)
Estadão Conteúdo
Publicado em 1 de julho de 2019 às 17h03.
Última atualização em 1 de julho de 2019 às 18h47.
Brasília - A balança comercial brasileira registrou superávit de US$ 5,019 bilhões em junho, de acordo com os dados divulgados pelo Ministério da Economia. O resultado ficou dentro do intervalo das 19 estimativas coletadas em pesquisa do Projeções Broadcast (de US$ 5,000 bilhões a US$ 6,049 bilhões), mas abaixo da mediana, de US$ 5,300 bilhões.
O saldo foi 13,3% menor do que o registrado em junho do ano passado, quando a balança comercial teve saldo positivo de US$ 5,789 bilhões. Na quarta semana de junho (24 a 30), o saldo comercial foi de um superávit de US$ 1,168 bilhão.
No mês passado, as exportações somaram US$ 18,047 bilhões, uma queda de 0,8% ante junho de 2018, considerando a média diária de embarques. Já as importações chegaram a US$ 13,027 bilhões, uma alta de 0,5% na mesma comparação.
No período, houve um aumento nas vendas de produtos básicos (+10,68%), e queda de manufaturados (-7,18%) e semimanufaturados (-6,78%).
Pelo lado das importações, as maiores altas no período foram de adubos e fertilizantes (40,54%), aeronaves e peças (38,64%) e leite e derivados (18,54%). Enquanto isso, as maiores quedas foram em algodão (-49,01%), cobre e suas obras (-32,31%) e veículos automóveis e partes (-18,96%)
No acumulado do ano até junho, a balança comercial registra um superávit de US$ 27,130 bilhões, decorrente de US$ 110,896 bilhões em exportações e US$ 83,765 bilhões em importações. No primeiro semestre de 2018, o superávit comercial brasileiro foi de US$ 30,017 bilhões.
Expectativa para este ano é conservadora, diz secretário
O secretário de Comércio Exterior do Ministério da Economia, Lucas Ferraz, afirmou nesta segunda-feira, 1, que a expectativa para o comércio internacional brasileiro não é extraordinária, com crescimento mais baixo do comércio global em 2019.
"A nossa expectativa para o saldo da balança comercial neste ano é conservadora. A economia global tem retração e nós sofremos como consequência disso", avaliou.