Uma das contribuições para o superávit da balança comercial foi a exportação de uma plataforma de petróleo de US$ 690 milhões (Germano Lüders / EXAME)
Da Redação
Publicado em 1 de julho de 2015 às 15h41.
Brasília - A balança comercial – diferença entre exportações e importações – fechou o primeiro semestre com superávit acumulado de US$ 2,222 bilhões, de acordo com números divulgados há pouco pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).
O resultado é o melhor para o período desde 2012, a última vez que o indicador tinha registrado superávit nos seis primeiros meses do ano.
Em junho, a balança registrou superávit de US$ 4,527 bilhões, revertendo o resultado negativo de cerca de US$ 2,305 bilhões acumulados até maio.
No mês passado, o país exportou US$ 19,628 bilhões e importou US$ 15,101 bilhões. Segundos os dados, o superávit em junho foi o segundo melhor resultado para o mês, perdendo apenas para junho de 2009 (US$ 4,603 bilhões).
Contribuíram para o superávit da balança comercial os embarques da safra de grãos, principalmente de soja, e a exportação de uma plataforma de petróleo de US$ 690 milhões.
Vendido pela Petrobras a uma subsidiária da estatal no exterior, o equipamento foi alugado pela petroleira e não chegou a sair do país. Tanto o ministério quanto a Petrobras asseguraram que a operação seguiu as normas de contabilidade internacional.
No acumulado do ano, a melhoria do resultado da balança decorreu do fato de que as importações estão caindo mais que as exportações.
De janeiro a junho, o Brasil exportou US$ 94,329 bilhões, queda de 14,7% pela média diária. As importações somaram US$ 92,107 bilhões, com recuo de 18,5% também pela média diária.
Em relação às exportações, todas as categorias de produtos acumulam queda no ano.
A venda de produtos básicos caiu 21,6% no primeiro semestre em relação ao mesmo período de 2014, impactadas principalmente pela queda no preço internacional das commodities (bens agrícolas e minerais com cotação internacional).
As exportações de manufaturados caíram 8% de janeiro a junho, com destaque para óleos combustíveis (-63,4%) e motores e geradores (-25,8%).
As vendas de semimanufaturados recuaram 3,9%, puxadas por couros e peles (-15%), açúcar em bruto (-13,9%) e óleo de soja em bruto (-12,4%).
Nas importações, as maiores quedas registradas foram na compra de combustíveis e lubrificantes (-36%) e de bens de capital (-15,8%). A importação de matérias-primas caiu 15,1% e a compra de bens de consumo teve retração de 13,7%.