Considerando a média diária, as exportações aumentaram 1,4% na comparação com o período (StockSnap/Pixabay/Divulgação)
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Publicado em 4 de julho de 2025 às 15h41.
Última atualização em 4 de julho de 2025 às 16h54.
O Brasil exportou mais do que importou em junho, encerrando o mês com um superávit comercial de US$ 5,88 bilhões, de acordo com dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) divulgados nesta sexta-feira, 4.
Apesar do resultado positivo, o saldo é o mais baixo para meses de junho nos últimos seis anos. Na comparação com o mesmo período de 2024, houve queda de 6,9%, quando registrou superávit de US$ 6,32 bilhões.
Com os números, o MDIC reduziu a projeção de superávit comercial em 2025 de US$ 70,2 bi para US$ 50,4 bi; em 2024, saldo positivo foi de US$ 74,2 bi. A pasta disse que a "demanda mundial vem se enfraquecendo, isso vem afetando preço das commodities. Por outro lado, economia brasileira continua crescendo, continua demandando insumos e bens de capital importados."
O desempenho foi influenciado pelo avanço das importações, que cresceram mais do que as exportações. No total, o país vendeu em junho US$ 29,14 bilhões em bens e serviços ao exterior e comprou US$ 23,57 bilhões. Considerando a média diária, as exportações aumentaram 1,4% na comparação com o período, enquanto as importações subiram 3,8%.
No acumulado de janeiro a junho, o superávit soma US$ 30,09 bilhões, queda de 27,6% frente ao mesmo período do ano passado. O total exportado no semestre chegou a US$ 165,83 bilhões, alta de 1%. Já as importações somaram US$ 135,77 bilhões, 10% acima do registrado um ano antes.
Entre os produtos que lideraram as exportações no mês estão soja (US$ 5,36 bilhões), petróleo bruto (US$ 3,55 bilhões) e minério de ferro (US$ 2,31 bilhões). Desses, apenas a carne bovina e o café não torrado apresentaram crescimento nas vendas externas, com altas de 52,8% e 16,5%, respectivamente.
Na lista de principais compradores, a China segue na liderança, com US$ 9,94 bilhões em compras. Em seguida aparecem União Europeia (US$ 3,46 bilhões), Estados Unidos (US$ 3,36 bilhões) e países do Mercosul (US$ 2,25 bilhões). As exportações para a Argentina, principal parceiro no bloco, cresceram 70,8% no mês.