Balança comercial: de janeiro a abril, o país exportou US$ 57,931 bilhões, queda de 16,4% pela média diária em relação ao mesmo período de 2014 (asafta/Thinkstock)
Da Redação
Publicado em 4 de maio de 2015 às 16h16.
Brasília - A balança comercial – diferença entre exportações e importações – registrou em abril o superávit mais baixo em dois anos.
No mês passado, o país exportou US$ 491 milhões a mais do que importou. O resultado é o segundo pior da série histórica para o mês, só perdendo para abril de 2013, quando o indicador tinha apresentado déficit de US$ 989 milhões.
Em relação ao ano passado, o superávit da balança em abril caiu 3%. Em abril de 2014, o país exportou US$ 506 milhões a mais do que importou.
No mês passado, as exportações somaram US$ 19,724 bilhões, com queda de 23,2% em relação a abril do ano passado pela média diária. As importações totalizaram US$ 19,218 bilhões, recuo de 23,7% na mesma comparação.
O resultado positivo em abril ajudou a reduzir para US$ 5,066 bilhões o déficit acumulado na balança comercial em 2015. No mesmo período do ano passado, a balança acumulava resultado negativo de US$ 5,573 bilhões.
Nos quatro primeiros meses do ano, as exportações caíram mais que as importações. De janeiro a abril, o país exportou US$ 57,931 bilhões, queda de 16,4% pela média diária em relação ao mesmo período de 2014.
As importações somaram US$ 62,997 bilhões, retração de 15,9% também pela média diária. As três principais categorias de produtos exportados tiveram queda no acumulado do ano.
As vendas de produtos básicos caíram 23,6% na comparação com os quatro primeiros meses do ano passado. Os principais itens que puxaram a queda foram o minério de ferro (-45,1%), a soja em grão (-41%) e a carne bovina (-24,2%). Esses produtos atravessam queda de preços no mercado internacional.
As exportações de manufaturados caíram 11,3%, por causa principalmente de motores e geradores (-22,9%), máquinas de terraplanagem (-20,8%) e automóveis (-19%). As vendas externas de semimanufaturados caíram 2,5% no acumulado do ano, com destaque para açúcar em bruto (-13,8%), couros e pelos (-12,2%) e ferro fundido (-10,9%).