Economia

Balança comercial de serviços fechou 2017 com deficit de R$ 50,5 bi

Enquanto as exportações somaram R$ 114,88 bilhões, as importações foram maiores e chegaram a R$ 165,39 bilhões

Segundo IBGE, o setor se serviços foi responsável por 70% do valor adicionado ao PIB (Marcelo Sayão/VEJA)

Segundo IBGE, o setor se serviços foi responsável por 70% do valor adicionado ao PIB (Marcelo Sayão/VEJA)

AB

Agência Brasil

Publicado em 29 de junho de 2018 às 21h38.

Última atualização em 29 de junho de 2018 às 21h57.

A balança comercial do setor de serviços fechou o ano de 2017 com um saldo negativo de R$ 50,5 bilhões (US$ 13,1 bilhões). Enquanto as exportações somaram R$ 114,88 bilhões (US$ 29,8 bilhões), as importações foram maiores e chegaram a R$ 165,39 bilhões (US$ 42,9 bilhões). As informações foram divulgadas hoje (29) pelo Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC).

O deficit na balança comercial de serviços foi 47,6% menor do que o registrado em 2016, quando as importações superaram as exportações em R$ 96,38 bilhões (US$ 25 bilhões). Em 2015, essa diferença foi de R$ 102,93 bilhões (US$ 26,7 bilhões) e em 2014, de R$ 106,79 bilhões (US$ 27,7 bilhões).

Entre 2014 e 2017, as importações caíram de R$ 187 bilhões (US$ 48,5 bilhões) para R$ 165,39 bilhões (US$ 42,9 bilhões). No mesmo período, as exportações foram de R$ 80,27 bilhões (US$ 20,82 bilhões) para R$ 114,88 bilhões (US$ 29,8 bilhões).

O setor de serviços tem participação importante na economia. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), este segmento foi responsável por 70% do valor adicionado ao Produto Interno Bruto (PIB) em 2017. Ainda de acordo com o órgão, ele emprega 21 milhões de pessoas.

Áreas

No recorte por área, os serviços auxiliares ao setor financeiro tiveram maior participação nas exportações, com 32,5% das vendas para fora. Em seguida vêm os serviços profissionais (19,8%) e os de Tecnologia da Informação (7%).

Mercados

O principal mercado das exportações brasileiras em 2017 foi os Estados Unidos. As vendas ao país somaram R$ 61,3 bilhões (US$ 15,9 bilhões), o que corresponde a mais da metade (53,3%) do total exportado. No ranking dos principais consumidores de serviços brasileiros estão Holanda, com R$ 5,78 bilhões (US$ 1,5 bilhão), Alemanha, com R$ 4,51 bilhões (US$ 1,17 bilhão), Suíça, com R$ 4,43 bilhões (US$ 1,15 bilhão) e Reino Unido, com R$ 3,86 bilhões (US$ 1 bilhão).

Arrendamento

Segundo do secretário de comércio e serviços do MDIC, Douglas Finardi, na pauta de importações o peso principal é dos serviços de arrendamento mercantil, como aluguel de plataformas por empresas do setor de petróleo e gás. De acordo com Finardi, sem esses custos o saldo seria superavitário. Outros itens importantes no rol de importações são os serviços de transporte e armazenamento de mercadorias.

Na avaliação do secretário, um desafio para aumentar a exportação de serviços é fortalecer as atividades intensivas em conhecimento. "Esses serviços são maiores geradores de emprego de alto valor e que vão fazer diferença na arena global para que países possam ou não ter melhor inserção", argumenta.

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