Diretor-geral da OMC, Roberto Azevêdo: "não tenho garantia de nada, mas o que posso assegurar aos membros é que vou fazer o máximo possível para poder tirar a organização da imobilidade" (Alain Grosclaude/AFP)
Da Redação
Publicado em 15 de outubro de 2013 às 23h30.
São Paulo - O brasileiro Roberto Azevêdo, diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), se comprometeu nesta terça-feira durante um seminário econômico em São Paulo a lutar para tirar o organismo da "imobilidade".
"As garantias são sempre difíceis de oferecer. Não tenho garantia de nada, mas o que posso assegurar aos membros é que vou fazer o máximo possível para poder tirar a organização, ou pelo menos o 'braço negociador', da imobilidade em que se encontra", relatou Azevêdo em uma videoconferência.
Azevêdo participou de Genebra no Fórum Estadão Brasil Competitivo, organizado pelo jornal "O Estado de S. Paulo" e promovido pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), no qual participou também o ministro de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel.
A retomada das negociações durante a próxima reunião ministerial da OMC, prevista para dezembro em Bali, é o próximo e "mais importante" desafio da gestão que Azevêdo acaba de começar à frente da entidade.
"O diretor pode ajudar, facilitar com o conhecimento do sistema, do histórico de negociações, mas também acho que o diretor-geral pode beneficiar-se muito ou ser muito prejudicado em vista das circunstâncias internacionais", comentou.
De acordo com Azevêdo, a OMC quer um "acordo" e, embora os membros estejam "acostumados ao fracasso" das negociações, a entidade "precisa mudar isso".
"Estou vendo sinais promissores de que começamos a adotar uma nova postura de negociação na sala. Se houver bons resultados em Bali teremos êxito no sistema multilateral", garantiu. EFE