Economia

Avaliação do risco Brasil é de alta prioridade, diz BC

O diretor do BC declarou que as agências de classificação de risco fazem um "check up" periódico e sistemático muito útil e saudável para qualquer país


	Luiz Awazu: "trabalhamos com muita determinação (para deixar Brasil) em condições de manter sua nota de risco soberano"
 (Antonio Cruz/ABr)

Luiz Awazu: "trabalhamos com muita determinação (para deixar Brasil) em condições de manter sua nota de risco soberano" (Antonio Cruz/ABr)

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Da Redação

Publicado em 15 de dezembro de 2014 às 13h35.

Rio - A avaliação do risco Brasil é uma questão de alta prioridade, afirmou nesta segunda-feira, 15, Luiz Awazu Pereira, diretor de Regulação do Sistema Financeiro e de Assuntos Internacionais do Banco Central, durante o seminário "Reavaliação do Risco Brasil" promovido pela Fundação Getulio Vargas (FGV), no Rio de Janeiro.

Segundo Awazu, os agentes de avaliação de risco têm obrigação de fazer seu trabalho e chegar às conclusões que acharem adequadas.

O diretor do BC declarou que as agências de classificação de risco fazem um "check up" periódico e sistemático muito útil e saudável para qualquer país.

"Obviamente, não vou prejulgar o que acontecerá nos próximos anos e nas próximas avaliações", disse ele. "Trabalhamos com muita determinação (para deixar Brasil) em condições de manter sua nota de risco soberano."

O diretor do BC disse que a autoridade monetária recorre a prevenção, prudência, pragmatismo, paciência e perseverança no sentido de manter a nota do Brasil.

O pragmatismo significa, segundo Awazu, retorno às regras claras e implica menos discricionariedade na política fiscal. "A discricionariedade cumpriu seu papel contracíclico", defendeu.

De acordo com Awazu, o País manteve o processo que significou manter milhões de brasileiros na classe média e a menor taxa de desemprego da história.

"Esses avanços tiveram um custo. Diminuímos o colchão da nossa poupança pública e temos agora que restabelecê-la", reconheceu.

Inflação elevada no curto prazo

Awazu reafirmou também no seminário que a autoridade monetária fará o que for necessário para colocar a inflação na meta de 4,5% da forma mais rápida possível até o fim de 2016.

Awazu ressaltou que, no curto prazo, a inflação tenderá a permanecer elevada, com pressão causada pelo realinhamento de preços domésticos e administrados.

"Após esse curto período de elevação, iniciará uma queda no acumulado em 12 meses", destacou o diretor do BC, em discurso durante seminário.

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