Economia

Autoridades do BCE sinalizam possível queda na taxa de juros

Frankfurt - Comentários de autoridades do Banco Central Europeu (BCE) nesta segunda-feira sobre a desaceleração da inflação e as perspectivas de crescimento baixo na zona do euro sugerem que o BCE pode estar pendendo para uma redução em sua principal taxa de juros. O vice-presidente do BCE, Vitor Constancio, disse que a inflação está caindo […]

Mario Draghi: presidente do BCE disse que "monitoraria muito de perto" todos os dados e estaria "pronto para agir" para estimular a economia da região ( REUTERS/Lisi Niesner)

Mario Draghi: presidente do BCE disse que "monitoraria muito de perto" todos os dados e estaria "pronto para agir" para estimular a economia da região ( REUTERS/Lisi Niesner)

DR

Da Redação

Publicado em 22 de abril de 2013 às 15h29.

Frankfurt - Comentários de autoridades do Banco Central Europeu (BCE) nesta segunda-feira sobre a desaceleração da inflação e as perspectivas de crescimento baixo na zona do euro sugerem que o BCE pode estar pendendo para uma redução em sua principal taxa de juros.

O vice-presidente do BCE, Vitor Constancio, disse que a inflação está caindo de "forma significativa" e um corte de juros "sempre é uma possibilidade". Mas o membro do Conselho Diretor Klaas Knot disse que o BCE tem "pouca munição disponível" e deve utilizá-la de forma cuidadosa.

A taxa de juros do BCE foi mantida em abril na mínima recorde de 0,75 %, mas o presidente da autoridade monetária, Mario Draghi, disse, em entrevista após a decisão, que "monitoraria muito de perto" todos os dados e estaria "pronto para agir" para estimular a economia da região.

Uma redução na taxa teria importância simbólica, mostrando que o BCE está a postos para dar fôlego à economia. "É uma decisão tática", disse o economista-sênior da zona do euro do Crédit Agricole, Frederik Ducrozet. "É uma maneira de administrar as expectativas."

A inflação desacelerou para 1,7 % em março, menor nível desde agosto de 2010, em meio a uma contínua tendência de fraqueza nos preços da energia. O BCE espera que a alta dos preços fique em 1,3 % este ano.

"Ao mesmo tempo, a economia continuou a dar sinais de fraqueza, e é aí que estamos. Então quando tivermos nossa próxima reunião, veremos as informações mais recentes e tomaremos a decisão", disse Constancio à agência de notícias MNI.

Knot, que é também presidente do banco central holandês, disse à Bloomberg no fim de semana que "as últimas informações que temos da economia não são positivas e não estão melhorando as perspectivas." "Temos pouca munição disponível, então temos de perguntar qual é o momento mais correto para utilizá-la", afirmou Knot.


O esloveno Marko Kranjec, colega de Knot no Conselho Diretor, usou um tom mais otimista para dizer que se o resto da economia mundial se acelerar, a economia da zona do euro também estaria em melhor situação. E disse ainda não estar preocupado com a inflação.

Acompanhe tudo sobre:BCEInflaçãoJuros

Mais de Economia

BNDES vai repassar R$ 25 bilhões ao Tesouro para contribuir com meta fiscal

Eleição de Trump elevou custo financeiro para países emergentes, afirma Galípolo

Estímulo da China impulsiona consumo doméstico antes do 'choque tarifário' prometido por Trump

'Quanto mais demorar o ajuste fiscal, maior é o choque', diz Campos Neto