São Paulo - A Austrália é um caso único no mundo desenvolvido.
Nesta semana, o escritório de estatísticas do país divulgou que a economia cresceu 0,9% no trimestre encerrado em setembro em relação ao trimestre anterior e 2,5% em relação a setembro de 2014.
Os números vieram melhores que o esperado e levam o país em direção ao seu 25o ano consecutivo sem recessão (definida como uma queda consecutiva de dois trimestres na atividade).
A última vez que o PIB da Austrália encolheu foi em 1991. Na época, o mercado financeiro ainda se recuperava do colapso das bolsas internacionais nos anos 80 e de uma década de desregulação e bolhas de ativos.
O aumento dos juros também contribuiu, mas a inflação foi contida e nunca mais voltou com força. Enquanto isso, a China acelerava e demandava cada vez mais commodities, cujos preços dispararam e estimularam o crescimento em vários países (inclusive o Brasil).
Poucos estavam tão próximos geograficamente e preparados para se beneficiar como a Austrália, especialista em mineração.
Quando a China começou a dar sinais de fraqueza e de transição para um modelo menos intensivo em investimento nos últimos anos, as commodities caíram e o sinal amarelo acendeu para os australianos.
Chama a atenção, portanto, que as exportações australianas tenham crescido 4,6% no último trimestre, adicionando um ponto percentual ao crescimento do país e compensando a queda nos investimentos.
Isso sinaliza que com a ajuda de uma moeda mais fraca, talvez a Austrália consiga se adaptar ao novo cenário do seu maior parceiro comercial.
E é aí que entra outro fator do histórico de sucesso do país: mesmo quando pôde contar com um cenário benigno, ele não abriu mão de uma gestão fiscal austera e de uma agenda de reformas.
Hoje, os australianos experimentam uma das maiores expectativas de vida e um dos melhores índices de desenvolvimento humano (IDH) do mundo - e isso importa mais do que qualquer crescimento.
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1. Prósperos e criativos
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1/28 (Mattrimages/ThinkStock)
São Paulo – Um mundo em constante mudança exige criatividade para que países garantam bons níveis de
desenvolvimento econômico e prosperidade. A constatação é do
Global Creativity Index 2015, do
Martin Prosperity Institute (MPI), entidade canadense dedicada ao estudo da prosperidade. O estudo avaliou 139 países em três aspectos principais que, de acordo com a organização, são os três pilares do desenvolvimento: a tecnologia, o talento e a tolerância com minorias étnicas e religiosas e também com a população LGBT. Veja abaixo o que a entidade levou em conta em cada um desses fatores:
Tecnologia: foram avaliados os esforços dos países em termos da pesquisa e desenvolvimento de novas tecnologias e também na inovação, que incluiu ainda a análise de patentes.
Talento: investigou-se aspectos do capital humano da chamada “classe criativa” que, na visão da entidade, é a força de trabalho envolvida em áreas que vão desde a arquitetura até a engenharia, passando pela matemática, artes e design.
Tolerância: ao serem considerados abertos para grupos e minorias, diz o estudo, os países atraem talentos e se mobilizam em torno de novas ideias. Medir a criatividade, mostrou o MPI, seria possível com a análise do desempenho dos países em cada um desses pilares. A partir daí, foi possível produzir um ranking para cada um dos três fatores, além de um geral.
Países A
Austrália ficou em primeiríssimo lugar geral e também ficou
no topo no quesito "Talento". Em segundo estão os
Estados Unidos, que
também foram bem nesse aspecto. A
Nova Zelândia veio em terceiro e
se destacou em "Tolerância". O resultado do Brasil surpreendeu. O país não está entre os 25 primeiros, mas passou perto de entrar no grupo e acabou na 28ª posição, na frente da Coreia do Sul e da Polônia, mas atrás do Uruguai e Argentina. Foi incluído ao final da matéria para fins de comparação. Veja nas imagens quem são os todos os primeiros colocados.
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2. 1º. Austrália (nota geral: 0,97)
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2/28 (GordonBellPhotography/ThinkStock)
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3. 2º. Estados Unidos (nota geral: 0,95)
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3/28 (ThinkStock)
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4. 3º. Nova Zelândia (nota geral: 0,94)
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4/28 (Getty Images)
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5. 4º. Canadá (nota geral: 0,92)
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5/28 (JonghyunKim/ThinkStock)
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6. 5º. Dinamarca (nota geral: 0,917)
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6/28 (Architizer)
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7. 5º. Finlândia (nota geral: 0,917) *
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7/28 (Thinkstock)
*Está empatada com Dinamarca em 5º.
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8. 6º. Suécia (nota geral: 0,915)
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8/28 (Edward Stojakovic/Flickr/Creative Commons)
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9. 7º. Islândia (nota geral: 0,913)
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9/28 (Nikolay Tsuguliev/ThinkStock)
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10. 8º. Singapura (nota geral: 0,896)
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10/28 (Mike Behnken/Flickr/Creative Commons)
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11. 9º. Holanda (nota geral: 0,889)
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11/28 (ThinkStock)
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12. 10º. Noruega (nota geral: 0,883)
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12/28 (Vincent van Zeijst)
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13. 11º. Reino Unido (nota geral: 0,081)
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13/28 (City Climate Leadership)
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14. 12º. Irlanda (nota geral: 0,845)
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14/28 (Ramsey Cardy/Getty Images)
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15. 13º. Alemanha (nota geral: 0,837)
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15/28 (Thinkstock)
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16. 14º. Suíça (nota geral: 0,822)
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16/28 (Thinkstock/fotoerlebnisse)
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17. 14º. França (nota geral: 0,822) *
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17/28 (ThinkStock)
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18. 14º. Eslovênia (nota geral: 0,822) *
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18/28 (Snowdog/Creative Commons)
*Empatada com Suíça e França.
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19. 15º. Bélgica (nota geral: 0,817)
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19/28 (KavalenkavaVolha/ThinkStock)
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20. 16º. Espanha (nota geral: 0,811)
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20/28 (ThinkStock)
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21. 17º. Áustria (nota geral: 0,788)
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21/28 (MrMuh/ThinkStock)
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22. 18º. Hong Kong (nota geral: 0,715)
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22/28 (Thinkstock)
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23. 19º. Itália (nota geral: 0,715)
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23/28 (Dieter Hawlan/Shutterstock.com/Kayak)
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24. 20º. Portugal (nota geral: 0,710)
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24/28 (Thinkstock)
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25. 21º. Japão (nota geral: 0,708)
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25/28 (Thinkstock)
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26. 22º. Luxemburgo (nota geral: 0,696)
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26/28 (WolfgangStaudt/Flickr/Creative Commons)
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27. 28º. Brasil (nota geral: 0,667) *
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27/28 (Yasuyoshi Chiba/AFP)
*País incluído para fins de comparação.
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28. Agora veja os países que são potências militares
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28/28 (U.S. Army/Sgt. Matthew Sissel, The National Guard/Facebook)