Economia

Aumento do IPI sobre cigarros elevará contrabando

Souza Cruz diz que vai repassar alta ao consumidor; Philip Morris critica

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 7 de setembro de 2011 às 01h01.

O anúncio feito pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, referente ao aumento das alíquotas do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e do PIS/Cofins (Contribuição para o Financiamento de Seguridade Social) para os cigarros não agradou os fabricantes de tabaco.

Os reajustes vão provocar um aumento de 20% para os cigarros mais populares e de 25% para os mais sofisticados. Segundo o relatório da corretora SLW, esse aumento vai estimular o comércio informal da mercadoria, contribuindo, desta forma, para o contrabando e a falsificação do tabaco.

O mercado acredita que a decisão do governo terá impacto negativo sobre as vendas. As ações da produtora de cigarros (CRUZ3) caíram 6,28% nesta segunda-feira, após o anúncio do governo. Às 11h25 de hoje, as ações apresentavam uma ligeira queda de 0,49%, cotadas a 44,58 reais.

Para a Philip Morris, principal concorrente da Souza Cruz no Brasil, a medida por si só não resolve as limitações tributárias do país. A fabricante acredita que deve ser feita uma ampla reforma no sistema atual de tributação do IPI incidente sobre o cigarro a fim de ampliar o nível de formalidade do mercado.

Philip Morris criticou, ainda, as diferentes alíquotas cobradas de acordo com a embalagem do cigarro. "Nenhuma das mais avançadas regulações fiscais aplica valores diferentes baseados na modalidade de embalagem do produto, tal como ocorre no Brasil", afirmou a companhia em nota nesta segunda-feira.
 

Acompanhe tudo sobre:CigarrosImpostosIPILeão

Mais de Economia

Alesp aprova aumento do salário mínimo paulista para R$ 1804; veja quem tem direito

PF faz busca e apreensão em investigação contra fraudes no INSS em descontos de aposentadorias

Governo estuda 'janela de oportunidade' para nova emissão de títulos verdes, diz Dario Durigan

Trump diz que Fed deve reduzir os juros como Europa e China já fizeram