Economia

Aumento do salário mínimo pode afetar lucro das empresas

Apesar disso, Obama acrescentou que as companhias norte-americanas estão obtendo ganhos importantes e precisam de consumidores com dinheiro para gastar


	Dólar: "empresários precisam se preocupar em fazer com que os consumidores tenham dinheiro na carteira", disse Obama
 (SXC.HU)

Dólar: "empresários precisam se preocupar em fazer com que os consumidores tenham dinheiro na carteira", disse Obama (SXC.HU)

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Da Redação

Publicado em 15 de fevereiro de 2013 às 06h54.

Washington - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse na quinta-feira que aumentar o salário mínimo, conforme ele propôs, pode diminuir o lucro das empresas, mas acrescentou que as companhias norte-americanas estão obtendo ganhos importantes e precisam de consumidores com dinheiro para gastar.

"Pode ter algum impacto modesto nos lucros", disse ele em uma sessão de perguntas e respostas online realizada pelo Google+.

"Mas o ponto da questão é que, se vamos ter uma sociedade com a prosperidade difundida, esses mesmos empresários precisam se preocupar em fazer com que os consumidores tenham dinheiro na carteira", afirmou.

Os lucros das empresas norte-americanas atingiram recordes, beneficiados pela retomada da produtividade, disse Obama. Ao mesmo tempo, os salários e ganhos dos trabalhadores permaneceram estagnados, de acordo com o presidente.

"Há muitos países que estão competindo muito bem --alguns dos nossos maiores competidores, países como Alemanha, por exemplo-- que tiveram pagamentos maiores e crescimento dos ganhos", disse.

Em seu discurso do Estado da União na terça-feira, Obama pediu ao Congresso para aumentar o salário mínimo para 9 dólares por hora dos atuais 7,25 dólares. Esse aumento retiraria muitos trabalhadores da linha da pobreza e ao mesmo tempo elevaria o gasto dos consumidores, um componente-chave para o crescimento econômico, disseram Obama e assessores.

Alguns economistas criticaram a proposta de Obama, afirmando que vai prejudicar os trabalhadores sem capacitação ao reduzir as contratações. A proposta também enfrenta resistência da Câmara dos Deputados, controlada pelos republicanos.

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