Economia

Aumento de imposto está em análise no governo, diz Levy

Segundo o ministro da Fazenda, o governo avalia a chance de novos aumentos de impostos, já que não se sabe o resultado das votações do ajuste fiscal


	O ministro da Fazenda, Joaquim Levy: ele disse ainda que o bloqueio de gasto público será o necessário para o governo atingir a meta de superávit primário
 (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

O ministro da Fazenda, Joaquim Levy: ele disse ainda que o bloqueio de gasto público será o necessário para o governo atingir a meta de superávit primário (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

DR

Da Redação

Publicado em 18 de maio de 2015 às 22h15.

Brasília - O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, disse nesta segunda-feira que o contigenciamento de gastos do Orçamento deve ficar entre 70 bilhões e 80 bilhões de reais e que o governo não descarta a possibilidade de elevar impostos para cumprir a meta de superávit primário deste ano.

"Estamos examinando. A gente não sabe qual vai ser o resultado (das votações das medidas de ajuste fiscal) do Congresso. Então, estamos aguardado as diferentes opções", disse Levy, respondendo a questionamento de jornalistas sobre aumento de impostos após participar de reunião com representantes do governo na vice-presidência da República.

Perguntado sobre o tamanho do corte de gastos públicos do Orçamento da União, será de 70 bilhões de reais ou mais próximo de 80 bilhões de reais, o titular da Fazenda disse que a cifra final não está definida.

"Isso são especulações. Mas a ordem de grandeza vai estar nesta faixa", limitou-se a afirmar.

Segundo Levy, que o bloqueio de gasto público será o necessário para o governo atingir a meta de superávit primário deste ano, que é de 66,3 bilhões de reais, acrescentando que o anúncio do contingenciamento será feito ainda esta semana, conforme o prazo estipulado em lei. Na semana passada, a Câmara dos Deputados aprovou uma emenda à Medida Provisória 664 que permite a flexibilização do Fator Previdenciário, mecanismo que limita o valor da aposentadoria de pessoas mais novas, medida que pode gerar aumento de custos.

Após a aprovação da medida pela Câmara, Levy disse, em mais de uma ocasião, que é preciso avaliar os impactos desta medida para evitar a necessidade de novos impostos para cobrir os custos.

Mais cedo nesta segunda-feira, uma fonte do governo disse à Reuters que a equipe econômica do governo avalia que será preciso aumento de impostos para cumprir a meta de superávit primário e que o Ministério da Fazenda acertou com a presidente Dilma Rousseff que haverá aumento de PIS e Cofins.

*Texto atualizado às 22h15

Acompanhe tudo sobre:Ajuste fiscaleconomia-brasileiraGovernoImpostosJoaquim LevyLeãoMinistério da Fazenda

Mais de Economia

Senado aprova lei do licenciamento com emenda que acelera exploração de petróleo na Foz do Amazonas

China pede ‘calma’ para preservar comércio global ainda não afetado pela guerra tarifária

INSS: Ministério Público Federal recomenda que cidadãos vulneráveis sejam ressarcidos em 30 dias

Economia da Argentina cai 1,8% na comparação mensal — mas cresce 5,6% na variação anual