Economia

Aumento da inadimplência é moderado, avalia BC

O chefe do Departamento Econômico do banco, Tulio Maciel, atribuiu o aumento às altas da Selic

Maciel: já o aumento do spread bancário foi atribuído às medidas de restrição ao crédito (Elza Fiúza/ABr)

Maciel: já o aumento do spread bancário foi atribuído às medidas de restrição ao crédito (Elza Fiúza/ABr)

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Da Redação

Publicado em 30 de maio de 2011 às 16h28.

Brasília - A inadimplência tem crescido de forma moderada, na avaliação do chefe do Departamento Econômico do Banco Central (BC), Tulio Maciel. De março para abril deste ano, a inadimplência (como são considerados os atrasos superiores a 90 dias) tanto de empresas quanto de pessoas físicas subiu 0,1 ponto percentual, para 3,7% e 6,1%, respectivamente.

Segundo ele, o aumento da inadimplência é resultado das altas da taxa básica de juros, a Selic, para combater a inflação. “Esse aumento da inadimplência moderado é algo relativamente esperado, tendo em vista o aumento da inflação, aumento das taxas de juros. Há maior comprometimento da renda com pagamento de encargos no sistema financeiro”, afirmou Maciel.

De acordo com os dados do BC, o spread (diferença entre taxa de captação dos recursos pelos bancos e a cobrada dos clientes) caiu 0,2 ponto percentual para as empresas ao ficar em 19,4 pontos percentuais, em abril. No caso das pessoas físicas, houve alta de 1,8 ponto percentual, para 34,2 pontos percentuais.

Segundo Maciel, o aumento do spread para as famílias (pessoas físicas) reflete as medidas de restrição ao crédito (macroprudenciais) adotadas pelo BC e o aumento da inadimplência. “As medidas macroprudenciais tinham enfoque maior nas pessoas físicas”, explicou Maciel.

De março para abril, a taxa de juros média cobrada das famílias subiu 1,8 ponto percentual, e ficou em 46,8% ao ano. No caso das empresas, a taxa média anual recuou 0,3 ponto percentual, para 31%.

Os dados parciais deste mês indicam novo aumento da taxa média de juros para as famílias. Essa taxa subiu 0,9 ponto percentual entre o final de abril e o dia 13 de maio. No caso das empresas, houve recuo de 0,2 ponto percentual, nessa mesma comparação.

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