Economia

Atividade no Brasil volta aos níveis pré-covid, diz BofA

Banco passou a ver contração menor para o PIB deste ano, de -5,2%, ante -5,7% da previsão anterior; economistas alertam, porém, para incertezas no 2º sem

Reabertura: com mais de 3,6 milhões de casos de covid-19 e quase 115.000 mortes, o Brasil fica atrás apenas dos EUA, com o segundo surto mais grave do mundo (Andre Coelho/Bloomberg)

Reabertura: com mais de 3,6 milhões de casos de covid-19 e quase 115.000 mortes, o Brasil fica atrás apenas dos EUA, com o segundo surto mais grave do mundo (Andre Coelho/Bloomberg)

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Bloomberg

Publicado em 25 de agosto de 2020 às 13h57.

Última atualização em 25 de agosto de 2020 às 16h18.

Enquanto as autoridades brasileiras ainda lutam para domar a propagação do coronavírus, elas podem estar conseguindo revitalizar a economia.

Dados internos do Bank of America indicam que houve forte recuperação da atividade econômica do Brasil no mês passado, segundo relatório dos analistas Ana Madeira e David Beker enviado aos clientes na segunda-feira.

A recuperação foi tão significativa que o BofA diz que o crescimento medido pelo índice de atividade econômica do Banco Central, o IBC-Br, pode ter retornado aos níveis anteriores à Covid, conforme as medidas de isolamento social diminuem e os indicadores de mobilidade continuam a subir.

Com mais de 3,6 milhões de casos registrados e quase 115.000 mortes, o Brasil fica atrás apenas dos Estados Unidos, com o segundo surto de coronavírus mais grave do mundo.

Dada a recuperação, Madeira e Beker dizem que a contração econômica deste ano pode ser menos dolorosa. Os dados do BofA agora sugerem que o produto interno bruto do Brasil pode encolher -5,2%, contra sua previsão atual de -5,7%.

Os economistas alertam, no entanto, que a recuperação parece menos certa no longo prazo com o fim do dinheiro de estímulos. “O provável aumento rápido do desemprego à frente e os desafios significativos no cumprimento das regras fiscais podem dificultar um crescimento sustentável no médio prazo, em nossa opinião”, escreveram Madeira e Beker.

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