Indústria nos EUA: relatórios sugerem que o presidente eleito, Donald Trump, está herdando uma economia forte da administração Obama (Scott Olson/Getty Images)
Reuters
Publicado em 3 de janeiro de 2017 às 14h54.
Washington - A atividade industrial dos Estados Unidos acelerou para a máxima de dois anos em dezembro em meio a um aumento das novas encomendas e no emprego, sugerindo que alguns dos problemas relacionados ao petróleo na indústria estavam diminuindo.
Outros dados nesta terça-feira mostraram que os gastos com a construção atingiram a máxima de 10 anos e meio em novembro, o que poderia fornecer um impulso para o crescimento econômico no quarto trimestre.
Os relatórios sugerem que o presidente eleito, Donald Trump, está herdando uma economia forte da administração Obama, marcada por um mercado de trabalho perto do pleno emprego.
O Instituto de Gestão de Fornecimento (ISM, na sigla em inglês) informou que seu índice de atividade industrial nacional subiu 1,5 ponto percentual no mês passado, para uma leitura de 54,7, a mais alta desde dezembro de 2014. Uma leitura acima de 50 indica expansão na indústria, que representa cerca de 12 por cento da economia dos EUA.
A medida de novas encomendas saltou 7,2 pontos percentuais, para o nível mais alto desde novembro de 2014. A medida de emprego na indústria aumentou 0,8 ponto percentual, para o nível mais alto desde junho de 2015.
O colapso dos preços do petróleo em 2015, junto com a alta do dólar, afetou a indústria. Grande parte do impacto foi através da fraqueza dos gastos empresariais em equipamentos, que contraiu por quatro meses seguidos.
Mas com os preços do petróleo subindo e atingindo máximas de 18 meses nesta terça-feira, a indústria começa a se animar.
Em um relatório separado, o Departamento de Comércio informou que os gastos com construção aumentaram 0,9 por cento em novembro, para 1,18 trilhão de dólares, nível mais alto desde abril de 2006. Os gastos foram impulsionados pelos ganhos no investimento tanto no setor público como no privado.