Economia

Atividade industrial ganha fôlego e sobe mais de 6 pontos em outubro

Índice de evolução da produção passou de 47,2 pontos, em setembro, para 54,7 pontos, em outubro

Produção industrial: após dois meses de queda, o otimismo do empresário cresceu em novembro (Uwe Hermann/Wikimedia Commons/Wikimedia Commons)

Produção industrial: após dois meses de queda, o otimismo do empresário cresceu em novembro (Uwe Hermann/Wikimedia Commons/Wikimedia Commons)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 26 de novembro de 2018 às 16h14.

Brasília - A atividade industrial ganhou fôlego em outubro e cresceu em ritmo superior ao observado no ano passado. É o que mostra Sondagem Industrial divulgada nesta segunda-feira, 26, pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Segundo o estudo, o índice de evolução da produção passou de 47,2 pontos, em setembro, para 54,7 pontos, em outubro.

Outro indicador que melhorou na passagem de setembro para outubro foi o da Utilização da Capacidade Instalada (UCI), que subiu um ponto porcentual (p.p.) no período, saindo de 68% para 69%. "Com isso, a UCI se mantém, pelo terceiro mês consecutivo, 2 p.p. acima do registrado nos mesmos meses de 2017", cita a pesquisa.

Os estoques também diminuíram, chegando mais próximos do esperado pelos empresários. O índice de evolução do nível de estoques em relação ao planejado caiu de 51,2 pontos em setembro para 50,8 pontos em outubro.

"Essa reação é muito importante, especialmente depois de um setembro mais fraco, com queda inclusive das expectativas. Sinaliza que o empresário está percebendo uma melhora da demanda e sugere que este final de ano deverá ser melhor que o do ano passado", afirma o economista da CNI Marcelo Azevedo.

O índice de evolução do número de empregados, porém, não apresentou grande melhora, passou de 49,2 pontos para 50 pontos, ficando, portanto, na linha divisória de 50 pontos e mostrando que o emprego industrial se manteve inalterado em outubro. Os indicadores do levantamento variam de zero a cem pontos. Quando ficam acima de 50 pontos, mostram aumento da produção e do emprego.

Otimismo

Quanto às expectativas para o curto prazo, o estudo mostra que, "após dois meses de queda, o otimismo do empresário cresceu em novembro", com os índices de expectativa de demanda, compras de matérias-primas e quantidade exportada todos acima da linha de 50 pontos. O indicador de expectativas sobre a demanda aumentou para 56,6 pontos, o de compras de matérias-primas subiu para 54,4 pontos e o de exportações alcançou 52,8 pontos em novembro.

O levantamento destaca ainda que o otimismo do empresariado inclui a intenção de fazer contratações nos próximos seis meses. O indicador que mede a expectativa quanto ao número de empregados subiu de 49,1 pontos para 50,9 pontos.

Além disso, os empresários também estão mais dispostos a fazer investimentos. "Após dois meses de relativa estabilidade, o índice aumentou 4,1 pontos e foi a 55 pontos, valor 4,4 pontos maior que o registrado em novembro de 2017. O índice supera sua média histórica em 6,6 pontos", diz o estudo.

Esta edição da Sondagem Industrial foi feita entre 1º e 14 de novembro em todo o País com 2.138 indústrias - de pequeno, médio e grande portes.

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