Economia

Atividade econômica tem alta de 0,2% em janeiro, mostra BC

Dado ainda não incorpora os impactos mais fortes da pandemia de coronavírus na econaomia brasileira

Economia brasileira (Ingo Roesler/Getty Images)

Economia brasileira (Ingo Roesler/Getty Images)

R

Reuters

Publicado em 26 de março de 2020 às 09h32.

Última atualização em 26 de março de 2020 às 11h40.

 O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), sinalizador do Produto Interno Bruto (PIB), registrou alta de 0,24% em janeiro na comparação com o mês anterior, segundo dados dessazonalizados divulgados pelo BC nesta quinta-feira.

Na comparação com janeiro de 2019, o IBC-Br apresentou ganho de 0,69% e, no acumulado em 12 meses, teve avanço de 0,86%, segundo números observados.

“O dado deve ser analisado como uma medida da situação da economia pré-coronavírus, já que ainda não incorpora os efeitos nefastos que as medidas de contenção social trazem para o setor”, escreveu a Guide Investimentos em relatório enviado a clientes nesta quarta-feira.

No acumulado do trimestre entre novembro de 2019 e janeiro de 2020, o IBC-Br registrou alta de 0,05% na comparação com os três meses anteriores (agosto a outubro), pela série ajustada.

O BC informou ainda que, no trimestre entre novembro de 2019 e janeiro de 2020, ante o mesmo período de 2018 a 2019, o IBC-Br acumulou alta de 0,96% pela série sem ajustes sazonais.

A previsão de economistas do governo e do setor privado é que os impactos da crise do coronavírus na economia se concentrem em abril, no segundo trimestre portanto, quando poderá haver uma queda de 10% no PIB. A previsão foi feita ontem por Henrique Meirelles, secretário da Fazenda de São Paulo, na estreia da série exame.talks.

O ex-ministro da Fazenda acredita que uma recuperação na atividade deve ser notada a partir de julho, levando a uma contração na economia na ordem de 3% em 2020 — se tivermos sorte.

Revisões

O Banco Central revisou nesta quinta dados de seu IBC-Br na margem, na série com ajuste. O IBC-Br de dezembro passou de -0 27% para -0,38%. Já o IBC-Br de novembro foi de -0,11% para -0 10%, enquanto o índice de outubro passou de +0,18% para +0,24%.

No caso de setembro, o índice foi de +0,46% para +0,48%. O dado de agosto passou de +0,41% para +0,43% e o de julho foi de -0 22% para -0,19%. Em relação a junho, o indicador passou de +0 29% para +0,25%.

A projeção do BC para a atividade doméstica em 2020 foi revisada nesta quinta no Relatório Trimestral de Inflação (RTI), de alta de 2,2% para zero.

 

Acompanhe tudo sobre:Banco CentralCoronavíruseconomia-brasileiraPIB do Brasil

Mais de Economia

Volta do horário de verão pode aumentar faturamento de bares e restaurantes em 15%, diz associação

Receita Federal abre programa para regularização de bens no Brasil e no exterior

Exclusivo: secretário da Prêmios e Apostas, Regis Dudena, é o entrevistado da EXAME desta sexta

China surpreende mercado e mantém juros inalterados