Além da queda no sentimento futuro, que atingiu o nível mais baixo na série histórica, empresas de serviços reduziram o número de funcionários pela primeira vez desde fevereiro de 2013 (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 3 de setembro de 2014 às 11h59.
São Paulo - O índice de atividade de gerentes de compra (PMI, na sigla em inglês) do setor de serviços no Brasil caiu para 49,2 em agosto, de 50,2 em julho, divulgou, nesta quarta-feira, 03, o HSBC em parceria com a Markit.
Trata-se do menor nível em dois anos, após o indicador passar 23 meses acima da marca de 50 pontos, que indica expansão da atividade.
O PMI composto, que engloba serviços e indústria, subiu para 49,6 em agosto, de 49,3 em julho, graças a uma pequena recuperação no setor manufatureiro.
"O índice de expectativas de negócios (no PMI de serviços) mostrou uma queda importante, voltando a níveis similares aos de abril e maio, após registrar níveis bem mais altos durante a realização da Copa do Mundo da Fifa. Esse resultado sugere a continuidade de um cenário desafiador para a atividade no segundo semestre de 2014", diz André Loes, economista-chefe do HSBC Brasil.
Segundo a pesquisa, vários entrevistados citaram o estado geral de depressão do mercado quando convidados a explicar as quedas na produção do setor de serviços.
Além da queda no sentimento em relação aos próximos 12 meses, que atingiu o nível mais baixo na série histórica, as empresas do setor de serviços reduziram o número de funcionários pela primeira vez desde fevereiro de 2013. Já as pressões inflacionárias se intensificaram, com o ritmo de aumento nos preços dos insumos atingindo o maior nível desde março último.
Entre os fatores positivos, o volume de novos negócios no setor de serviços cresceu pelo 24º mês seguido, apesar de a expansão ter sido marginal. "O volume de novos pedidos ficou basicamente inalterado em relação ao mês anterior no setor privado como um todo", diz o relatório.