Economia

"Atenas tem que cumprir", diz chefe da diplomacia alemã

Guido Westerwelle afirmou que não aceitará uma mudança no calendário de reformas


	Westerwelle: "como podemos convencer o governo espanhol a resistir se concordarmos (com a Grécia) com condições especiais e mudarmos o que havíamos acordado?"
 (Philippe Lopez/AFP)

Westerwelle: "como podemos convencer o governo espanhol a resistir se concordarmos (com a Grécia) com condições especiais e mudarmos o que havíamos acordado?" (Philippe Lopez/AFP)

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Da Redação

Publicado em 31 de agosto de 2012 às 12h45.

Hong Kong - O ministro alemão das Relações Exteriores, Guido Westerwelle, repetiu nesta sexta-feira em Hong Kong a firme vontade de Berlim em relação à Grécia e assegurou que o país precisa respeitar seus compromissos para evitar uma saída da Eurozona.

"Temos um sentimento de solidariedade (com a Grécia), mas insistimos que precisa cumprir com seus compromissos. Não podemos aceitar uma mudança no calendário das reformas", declarou o chefe da diplomacia alemã, que acompanha a chanceler Angela Merkel em uma visita à China.

Segundo Westerwelle, a Alemanha deve ser firme com a Grécia porque, caso contrário, mandaria um mau sinal a países como Espanha, com uma situação delicada e que pode pedir um resgate à Eurozona nas próximas semanas.

"Como podemos convencer o governo espanhol a resistir se concordarmos (com a Grécia) com condições especiais e mudarmos o que havíamos acordado?", perguntou-se Westerwelle.

O relatório da troica de credores da Grécia (Fundo Monetário Internacional, União Europeia e Banco Central Europeu) determinará a decisão europeia de conceder ao país um pacote de 31,5 bilhões de euros, dentro de um segundo plano de resgate de um total de 130 bilhões de euros.

A Grécia quer convencer seus sócios da Eurozona a lhe concederem mais dois anos, até 2016, para cumprir com o plano de reformas.

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