Economia

Até a Coreia do Norte cresceu mais do que o Brasil em 2014

A minúscula economia da Coreia do Norte cresceu 1% no ano passado, mais do que Brasil e zona do euro, de acordo com estimativas feitas pela Coreia do Sul


	O líder norte-coreano, Kim Jong-Un, acompanha os testes de um míssil balístico, em um local não divulgado
 (AFP)

O líder norte-coreano, Kim Jong-Un, acompanha os testes de um míssil balístico, em um local não divulgado (AFP)

João Pedro Caleiro

João Pedro Caleiro

Publicado em 21 de julho de 2015 às 11h23.

São Paulo - O PIB da Coreia do Norte cresceu 1% em 2014, de acordo com estimativas divulgadas na sexta-feira pelo Bank of Korea (banco central da Coreia do Sul).

"A construção estimulada por edifícios emergiu de uma tendência de crescimento negativo, enquanto o crescimento do setor de serviços acelerou. Já as taxas de crescimento de agricultura, silvicultura, pesca, mineração e manufatura desaceleraram", diz o texto.

Apesar de incompletos por não incluírem o enorme mercado paralelo ilegal, os números do BoK são desde 1991 a referência mundial para saber o que acontece com a economia da Coreia do Norte, que não divulga dados econômicos oficiais.

A economia norte-coreana é formada principalmente por serviços do governo (23%), agricultura, sivicultura e pesca (22%), manufatura (21%) e mineração (13%).

O crescimento de 2014 foi um pouco menor do que em 2012 (+1,3%) e 2013 (+1,1%) e ficou, como de costume, bem abaixo das taxas do seu vizinho do sul.

Crescimento Coreia do Norte Coreia do Sul
2009 -0,9% 0,7%
2010 -0,5% 6,5%
2011 0,8% 3,7%
2012 1,3% 2,3%
2013 1,1% 2,9%
2014 1,0% 3,3%

Ainda assim, a Coreia do Norte cresceu em 2014 mais do que lugares como Brasil (+0,1%) e a zona do euro (+0,9%). A escala, no entanto, é bem diferente: o PIB norte-coreano é de cerca de US$ 30 bilhões, equivalente a 2,3% do sul-coreano e 1,3% do brasileiro.

E as perspectivas para este ano não são nada boas. A Coreia do Norte declarou estar vivendo sua pior seca em um século, o que agrava a escassez crônica de alimentos em um país onde quase um terço das crianças com menos de cinco anos estão subnutridas.

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaCoreia do NorteCoreia do SulCrescimento econômicoDesenvolvimento econômicoeconomia-brasileiraIndicadores econômicosPIB

Mais de Economia

Alckmin entra hoje no terceiro dia de conversas com setores afetados por tarifa de Trump

Índice Big Mac: real está 28,4% subvalorizado e tarifas de Trump já pressionam consumidores globais

Senado aprova em 1º turno projeto que tira precatórios do teto do arcabouço fiscal

Moraes mantém decreto do IOF do governo Lula, mas revoga cobrança de operações de risco sacado