Copom: na ata, o esperado é que o Copom atribua a nova queda aos dados de inflação menores do que o esperado durante o primeiro bimestre
Da Redação
Publicado em 27 de março de 2018 às 06h34.
Última atualização em 27 de março de 2018 às 07h25.
Após a surpresa de semana passada, economistas esperam ansiosos pela ata da reunião do Copom que será publicada nesta terça-feira.
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Na última quarta-feira o comunicado emitido após o término da reunião do Comitê de Política Monetária sinalizou que a taxa Selic deve ter mais uma redução na reunião de maio. Na semana passada a taxa de juros foi reduzida de 6,75% para 6,5% ao ano e em maio deve cair para 6,25%.
Mais uma queda não estava na conta da maioria dos economistas. Na ata, o esperado é que o Copom atribua a nova queda aos dados de inflação menores do que o esperado durante o primeiro bimestre, juntamente com uma projeção de inflação mais benigna para o restante do ano.
O IPCA, medida oficial da inflação no país, subiu 0,61% no acumulado de janeiro e fevereiro — a menor alta para o período desde a implementação do Plano Real, em 1994. A previsão é que a inflação termine o ano em 3,57%, segundo economistas ouvidos pelo boletim Focus.
Mais do que entender as previsões para maio, economistas querem entender se há oportunidade de uma nova queda em junho.
A autoridade monetária apontou, para as reuniões subsequentes a maio, a intenção de interromper o ciclo de queda dos juros, ‘salvo mudanças adicionais relevantes no cenário básico e no balanço de riscos para a inflação’, mas que os passos seguintes continuarão dependendo dos dados”, dizem os economistas do banco Bradesco em relatório.
O caminho é acompanhar a inflação e torcer para que ela continue colaborando para a redução dos juros. O Brasil já teve períodos de juros baixos no passado, mas logo o turbilhão econômico levou as taxas de novo para cima.
A ata da reunião do Copom, a ser divulgada hoje, deve esclarecer até onde vão os juros, e dar pistas sobre sua continuidade no longo prazo.