Economia

Ata do BC do México ressalta riscos de Trump para o país

Autoridades votaram 5 a 0 para elevar a taxa de juros do México em 0,50 ponto percentual, para 5,75 por cento

Peso mexicano: dados neste mês mostraram que a inflação subiu para 3,48 por cento na primeira metade de dezembro (Yuri Cortez/AFP/AFP)

Peso mexicano: dados neste mês mostraram que a inflação subiu para 3,48 por cento na primeira metade de dezembro (Yuri Cortez/AFP/AFP)

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Reuters

Publicado em 29 de dezembro de 2016 às 14h43.

Cidade do México - As autoridades do banco central mexicano foram unânimes ao decidir aumentar a taxa de juros neste mês em uma tentativa de enfraquecer a inflação, e a maioria ressaltou riscos para a relação entre Estados Unidos e México devido à vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais norte-americanas.

As autoridades votaram 5 a 0 para elevar a taxa de juros em 0,50 ponto percentual, para 5,75 por cento, no quinto aumento este ano e levando os custos dos empréstimos para o nível mais alto desde 2009, mostrou a ata da reunião nesta quinta-feira.

Todos os membros mencionaram uma deterioração das perspectivas de inflação, depois que a vitória de Trump fez com que o peso atingisse novas mínimas, o que alimentou temores sobre a recuperação nos preços ao consumidor. A maioria dos membros também viu riscos maiores para o crescimento.

"O resultado da eleição nos Estados Unidos levantou o risco de adoção de políticas que poderiam afetar negativamente as relações bilaterais entre o México e o país citado", afirmou a maioria das autoridades, de acordo com a ata.

Trump ameaçou abandonar um acordo comercial entre EUA e México, além de impor tarifas pesadas sobre bens fabricados no país vizinho.

Os dados neste mês mostraram que a inflação subiu para 3,48 por cento na primeira metade de dezembro, ritmo mais rápido em dois anos e acima da meta de 3 por cento do banco central.

A maioria dos membros do conselho disse esperar que a inflação aumente ainda mais no próximo ano, mas que termine 2017 dentro da faixa de tolerância do banco de 2 a 4 por cento.

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