Economia

Em ata, BC vê permanência de riscos de inflação

Brasília - O Comitê de Política Monetária (Copom) avalia que "permaneceram elevados os riscos" do cenário inflacionário desde a última reunião do grupo em abril. A avaliação consta da ata do encontro realizado na semana passada e que aumentou a taxa básica de juro (Selic) em 0,75 ponto porcentual, para 10,25% ao ano. De acordo […]

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h45.

Brasília - O Comitê de Política Monetária (Copom) avalia que "permaneceram elevados os riscos" do cenário inflacionário desde a última reunião do grupo em abril. A avaliação consta da ata do encontro realizado na semana passada e que aumentou a taxa básica de juro (Selic) em 0,75 ponto porcentual, para 10,25% ao ano.

De acordo com o documento, "a despeito da reversão de parcela substancial dos estímulos introduzidos durante a recente crise financeira internacional, desde a última reunião permaneceram elevados os riscos à concretização de um cenário inflacionário benigno, no qual a inflação seguiria consistente com a trajetória das metas".

Diante da necessidade de atenção no cenário interno e com os desdobramentos do quadro internacional, o documento afirma que "prevaleceu o entendimento entre os membros do Comitê de que competiria à política monetária agir de forma incisiva para evitar que a maior incerteza detectada em horizontes mais curtos se propague para horizontes mais longos", justificando, assim, a decisão de elevação da Selic para evitar que fosse perdido o controle da inflação.

Os membros do Copom entendem que os riscos para a trajetória da inflação se restringem, apenas, aos desenvolvimentos no cenário doméstico. O documento dá como exemplo o resultado da expansão da demanda doméstica "em contexto de virtual esgotamento da margem de ociosidade na utilização dos fatores de produção".

Diante da avaliação de que o risco inflacionário mora apenas na economia brasileira, os membros do Copom afirmam que há cada vez mais sinais de riscos à trajetória dos índices de preço. O texto cita "evidências do estreitamento do mercado de fatores vêm da aceleração dos ganhos reais de salários no passado recente em alguns segmentos e de maiores pressões de preços ao produtor".

O alerta do BC é que a evolução desses fatores pode, eventualmente, "exacerbar um quadro que já evidencia a presença de descompasso entre o crescimento da absorção doméstica e a capacidade de expansão da oferta". Além de lançar o alerta, o Copom destaca, com essa avaliação, que já existe o descompasso entre os ritmos de crescimento da demanda e da oferta.

Acompanhe tudo sobre:Mercado financeiroInflaçãoBanco CentralJurosCopom

Mais de Economia

Milei afirma que Argentina está negociando novo empréstimo com o Tesouro dos Estados Unidos

Sindicato convoca assembleias regionais contra mudança no estatuto do IBGE

Operação Cadeia de Carbono ataca fraudes já estruturadas no país, diz ministro Fernando Haddad

Receita deflagra operação contra lavagem de dinheiro e fraudes no setor de combustíveis