Economia

Assessor de Ciro Gomes fala em privatização de 77 estatais

Ele não chegou a listar os alvos, mas garantiu que Banco do Brasil, Petrobras e Eletrobras ficariam de fora

O economista Mauro Benevides no EXAME Fórum 2018 (Germano Lüders/Exame)

O economista Mauro Benevides no EXAME Fórum 2018 (Germano Lüders/Exame)

Luiza Calegari

Luiza Calegari

Publicado em 3 de setembro de 2018 às 15h45.

Última atualização em 3 de setembro de 2018 às 17h25.

São Paulo – O assessor econômico de Ciro Gomes (PDT), Mauro Benevides Filho, afirmou que, de 148 estatais brasileiras existentes hoje, cerca de 77 poderiam ser privatizadas em um eventual governo do pedetista. A declaração foi dada durante o Exame Fórum, realizado em São Paulo nesta segunda-feira (3).

“Petrobras, Eletrobras e Banco do Brasil estão fora de cogitação”, acrescentou Benevides, que é apontado como provável ministro da Fazenda de Ciro se ele ganhar a eleição de 2018.

Em sua apresentação, o assessor resumiu as propostas econômicas de Ciro em duas frentes: das despesas e das receitas.

No campo das despesas, a promessa é reduzir 15% das desonerações tributárias do governo federal; redução de 10% nos custos do governo; isenção de tributos na aquisição de bens de capital; redução de imposto da pessoa jurídica; e manutenção da PEC do teto de gastos, mas excluindo os investimentos da conta.

Na área das receitas, um eventual governo Ciro propõe redução de impostos sobre consumo (como PIS/Cofins); criação de imposto sobre valor agregado (IVA); eliminação da “pejotização” (quando as empresas contratam os funcionários como se estivessem contratando outras empresas, para fugir dos encargos trabalhistas); imposto de renda sobre lucros e dividendos; alteração da alíquota do imposto sobre heranças e doações; e criação da CGM até estabilização da relação dívida/PIB.

Educação

Antes de passar ao debate econômico, e aproveitando o tema do Exame Fórum, Benevides também apresentou, rapidamente, os três valores que norteiam o programa de Ciro Gomes para a educação:

1 – Tirar a política da educação: acabar com as indicações políticas para as diretorias escolares

2 – Meritocracia: “em Sobral (CE), a relação com as escolas funciona assim: me dê Indeb (resultado na avaliação nacional da educação) que eu te dou mais ICMS (repasse de recursos oriundos da arrecadação desse imposto)”

3 – Participação da família: envolver os familiares quando os alunos não estão indo nas aulas, ou estão com resultados abaixo do esperado.

Veja, no vídeo, a entrevista de Mauro Benevides no EXAME Fórum 2018:

https://youtu.be/1b7c9OgLkh0

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