Economia

Asmussen, do BCE, diz que credibilidade do G20 está em risco

A credibilidade do G20 está em risco porque o grupo foi fundamentalmente equipado para lidar com crises e é menos efetivo durante períodos de calmaria


	Joerg Asmussen: "o início promissor do G20 vem infelizmente sendo seguido por resultados mais mistos", disse durante discurso
 (Sean Gallup/Getty Images)

Joerg Asmussen: "o início promissor do G20 vem infelizmente sendo seguido por resultados mais mistos", disse durante discurso (Sean Gallup/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 22 de fevereiro de 2013 às 12h29.

Berlim - A credibilidade do G20 está em risco porque o grupo foi fundamentalmente equipado para lidar com crises e é menos efetivo durante períodos de calmaria, disse o membro do conselho do Banco Central Europeu (BCE) Joerg Asmussen nesta sexta-feira.

Asmussen afirmou que o grupo de nações desenvolvidas e em desenvolvimento precisa ser fortalecido através de reformas para deixá-lo mais transparente, efetivo e comprometido em combater crises.

"O início promissor do G20 vem infelizmente sendo seguido por resultados mais mistos", disse Asmussen em um discurso.

"Não há alternativas viáveis ou óbvias para o G20... O G20 precisa se desenvolver mais em relação ao que era desde o início: o principal fórum para cooperação econômica internacional." O G20 vem recebendo críticas por falta de credibilidade, frequentemente não seguindo seus próprios acordos e compromissos, como na rodada de Doha.

Asmussen afirmou ainda que o grupo perdeu força nos últimos anos, também "em uma certa proporção devido à diminuição do senso de urgência." "A governança econômica global como a conhecemos hoje parece estar bem equipada para gerenciar uma crise global. Mas é menos efetiva durante períodos de calmaria, o que também reduz sua capacidade de impedir crises futuras", disse Asmussen "A governança econômica global também fica longe de responder à escala de desafios de hoje." Para reviver o poder do G20, Asmussen disse que o grupo precisa adotar um processo de tomada de decisão mais transparente, e uma agenda operacional mais focada e concisa.

O grupo também precisa de instituições financeiras internacionais mais fortes e lidar com os países que não são membros discutindo cada questão, ao invés de ampliar o número de membros, o que pode diluir sua eficácia.

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