Economia

Ásia emergente deve crescer 7,4% nos próximos 5 anos

Segundo OCDE, demanda doméstica firme deve manter o ritmo do crescimento

Homem vestido de dragão na China (Feng Li/Getty Images)

Homem vestido de dragão na China (Feng Li/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 18 de novembro de 2012 às 11h24.

Cingapura - A demanda doméstica firme deve manter o ritmo do crescimento das economias do Sudeste Asiático quase no nível de antes da última crise financeira global nos próximos cinco anos, segundo relatório da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) divulgado neste domingo. No entanto, o órgão alertou que os governos da região vão precisar fortalecer suas receitas e lidar com o desafio dos fluxos voláteis de capital.

Incluindo China e Índia, a OCDE projeta um aumento de 7,4% do Produto Interno Bruto (PIB) da Ásia emergente até 2017, pouco menos do que nos anos anteriores à crise financeira. A economia chinesa deve continuar a crescer mais de 8%, apesar da desaceleração da demanda por exportações, além da redução dos lucros com produtividade. Segundo o órgão, a Indonésia deve crescer 6,3% de 2013 a 2017, devido a reformas econômicas e investimento em infraestrutura.

"A crise financeira global ressaltou a necessidade das economias asiáticas repensarem seus modelos de crescimento do passado", disse a OCDE em sua perspectiva para Sudeste Asiático, China e Índia. "O aumento da demanda doméstica, principalmente do consumo e investimento privado, vai continuar como principal motor do crescimento na maioria dos casos."

O crescimento da classe média no Sudeste Asiático terá efeitos profundos nessas sociedades, levando à ampliação de serviços financeiros e estatais e forçando governos a melhorar as redes de segurança social, informou o relatório.

A alta taxa de poupança em Cingapura, Malásia, Filipinas e Tailândia deve ocasionar um crescimento robusto, mas esses países podem cair na "armadilha da renda média" ao encontrarem mais dificuldade em manter os ganhos rápidos de produtividade dos últimos anos. Já Camboja e Vietnã podem sofrer com a diminuição da demanda do Ocidente por suas exportações do setor têxtil.

Os déficits fiscais devem cair na maioria dos países, melhorando a relação dívida pública/PIB, mas será necessário fortalecer as bases de receita e tornar a arrecadação de impostos mais eficiente, segundo a OCDE.

A organização também citou as dificuldades enfrentadas especialmente por Camboja, Laos e Vietnã devido à ampla dolarização de suas economias, que reduz a habilidade dos governos de influenciarem suas economias por meio de políticas monetárias e cambiais. As informações são da Dow Jones.

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