Economia

As várias de frentes de batalha de Donald Trump

ÀS SETE - Nesta sexta-feira e no final de semana, o presidente dos EUA tem duras guerras nos campos econômico e social

Trump: Canadá, Brasil e Coreia do Sul são os três principais exportadores de aço para os Estados Unidos (Joshua Roberts/Reuters)

Trump: Canadá, Brasil e Coreia do Sul são os três principais exportadores de aço para os Estados Unidos (Joshua Roberts/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 23 de março de 2018 às 06h21.

Última atualização em 23 de março de 2018 às 07h15.

O presidente Donald Trump está guerreando em múltiplas frentes. Nesta sexta-feira e no final de semana ele tem duras batalhas nos campos econômico e social.

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Hoje, Trump divulga oficialmente as tarifas sobre aço e alumínio, anunciadas no início do mês e que foram o início do cataclisma econômico que o presidente jogou sobre a economia global; amanhã, milhares de pessoas vão a Washington para a “Marcha por Nossas Vidas”, uma manifestação que advoga por controle mais rigoroso no acesso a armas.

Embora alguns dos principais parceiros comerciais dos Estados Unidos tenham respirado aliviados na quinta-feira, depois que o governo decidiu excluir algumas nações das tarifas sobre aço e alumínio, como Argentina, Brasil, Austrália, a União Europeia e Coreia do Sul, além de Canadá e México, outros grandes exportadores da commodity ainda serão mantidos na lista.

Canadá, Brasil e Coreia do Sul são os três principais exportadores de aço para os Estados Unidos, mas Rússia, Japão e Turquia, que juntos correspondem por 19% de todo o aço importado pelo país, no ano passado, continuam lá.

A China também continua na lista. O país, que recebeu de Trump uma promessa de sobretaxas no valor de 60 bilhões de dólares por acusações de roubo de propriedade intelectual de empresas americanas, está entre os 10 maiores exportadores de aço aos Estados Unidos. A China respondeu com impostos para 128 produtos americanos, no valor inicial de 3 bilhões de dólares

No sábado, a pressão sobre o governo virá dos fantasmas do mês passado. Os sobreviventes do tiroteio de Parkland, na Flórida, que deixou 17 mortos quando um homem abriu fogo em uma escola em fevereiro, organizam uma manifestação civil para tomada de ação contra a facilidade de obtenção de armas nos Estados Unidos.

O movimento Marcha por Nossas Vidas se diz a favor da constituição e do direito garantido na segunda emenda de portar armas. Mas também afirma que algo precisa ser feito sobre os recentes tiroteios. Seus organizadores dizem que “não mais arriscarão suas vidas esperando alguém resolver a epidemia de tiroteios em escolas que se tornou tão familiar”.

O movimento já arrecadou 3,3 milhões de dólares em financiamentos online. 

Com a saída em massa de seus principais assessores, Trump dobra a aposta em temas polêmicos e se recusa a ceder em pautas como o controle de armas. A pressão, nos próximos dias, será intensa até para o padrão de seu governo. 

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