(Gabriel Vergani / EyeEm/Getty Images)
Agência O Globo
Publicado em 28 de abril de 2022 às 13h29.
Última atualização em 28 de abril de 2022 às 16h39.
A arrecadação federal em março de 2022 somou R$ 164,1 bilhões, de acordo com dados da Receita Federal. Isso representa um avanço de 6,92% em relação ao mesmo mês do ano anterior, já descontada a inflação do período.
Os dados foram divulgados nesta quinta-feira pelo Fisco. No acumulado entre janeiro e março, a arrecadação somou R$ 548,1 bilhões, um avanço de 11,08%, descontada a inflação. De acordo com a Receita, este é o melhor desempenho arrecadatório desde 1995, tanto para o mês quanto para o trimestre.
O forte desempenho, tanto para o mês quanto para o trimestre, é explicado sobretudo pela arrecadação forte do imposto de renda das pessoas jurídicas (IRPJ) e contribuição social sobre lucro líquido (CSLL). Apenas no mês de março houve um avanço no recolhimento desses tributos de 24,73% em relação ao mesmo mês ano ano anterior, já descontada a inflação. Na comparação do trimestre, o crescimento foi de 22,91%.
Desde 2021, a arrecadação federal vem batendo recordes e o governo sustenta que esse aumento é estrutural, apesar de isso não ser consenso entre especialistas. O governo se fia no aumento da arrecadação para reduzir alguns tributos.
Na quarta-feira, o ministro da Economia, Paulo Guedes, voltou a afirmar que todo excesso de arrecadação será transformado em redução de tributos. Ele sinalizou a possibilidade de uma nova rodada de cortes na alíquota do imposto sobre produtos industrializados (IPI). Uma redução de 25%, exceto para produtos com tabaco, passa a valer em maio e o governo estuda um novo corte de 35%.
Já foram zerados, até o final deste ano, o imposto de importação sobre o café, amargarina, o queijo, o macarrão, o óleo de soja e o açúcar. Também foi zerado o imposto de importação do etanol, que é misturado na gasolina e também vendido separadamente.