Economia

Arrecadação federal bate novo recorde e chega a R$ 202,9 bilhões em maio

O resultado é o melhor desempenho arrecadatório para o mês de maio da história

André Martins
André Martins

Repórter de Brasil e Economia

Publicado em 25 de junho de 2024 às 10h32.

Última atualização em 25 de julho de 2024 às 10h15.

A arrecadação do governo federal teve crescimento real (após descontada a inflação) de 10,46% em maio na comparação com o mesmo mês do ano anterior, e chegou a R$ 202,979 bilhões, informou a Receita Federal nesta terça-feira, 25. O resultado é o melhor desempenho arrecadatório para o mês de maio da história.

No acumulado do ano, de janeiro a maio de 2024, a arrecadação alcançou o valor de R$ 1,089 trilhão, alta de 8,72% na comparação com o mesmo período acumulado de 2023. Esse também é o melhor desempenho arrecadatório para o período desde 2000.

Sem considerar os pagamentos atípicos, a receita informa que haveria um crescimento real de 5,71% na arrecadação do período acumulado e de 7,14% na arrecadação do mês de maio. Neste início de 2024, o governo tem registrado recordes consecutivos na arrecadação.

Em maio, os recursos captados pela Receita, que englobam a coleta de impostos de competência da União, somaram R$ 196,679 bilhões, com alta real de 10,40 %. A arrecadação administrada por outros órgãos totalizou R$ 6,300 bilhões, com alta real de 12,60%.

Segundo o Fisco, o aumento arrecadatório pode ser explicado pelo comportamento das variáveis macroeconômicas, pelo retorno da tributação do PIS/Cofins sobre combustíveis, pela tributação dos fundos exclusivos em conformidade com a Lei 14.754, de 12 de dezembro de 2023 e pelas enchentes do Rio Grande do Sul.

Arrecadação de maio

De acordo com os dados da Receita, alguns fatores elevaram a arrecadação de impostos e contribuições federais no mês:

  • O PIS/Pasep e a Cofins totalizaram uma arrecadação de R$ 40,522 bilhões, representando crescimento real de 11,74%. O resultado é explicado, principalmente, pelo aumento real de 4,9% no volume de vendas e de 5,60% no volume de serviços entre abril de 2024 e abril de 223, pelo acréscimo da arrecadação relativa ao setor de combustíveis e pela exclusão so ICMS da base de cálculo dos créditos dessas contribuíções.
  • A Receita Previdenciária totalizou uma arrecadação de R$ 262.969 milhões, com crescimento real de 5,92%. Esse resultado se deve ao crescimento real de 6,76% da massa salarial. Além disso, houve crescimento de 15% no montante das compensações tributárias com débitos de receita previdenciária em relação ao mesmo período do ano anterior.
  • O IRPF apresentou um crescimento real de 44,82%. Esse resultado pode ser explicado, principalmente, pelos R$ 7,2 bilhões arrecadados pela atualização de bens e diretos no exterior.
Acompanhe tudo sobre:receita-federalMinistério da Fazenda

Mais de Economia

Lira diz que governo não tem votos para pacote fiscal

Análise: BC tem credibilidade posta em jogo com mercado dividido sobre ritmo de alta de juros

Secretário de Haddad admite rever mudanças no BPC após resistências da bancada do PT

Secretário da Fazenda afirma que impacto do pacote fiscal será superior a R$ 70 bilhões em dois anos