(Rafael Henrique/SOPA Images/LightRocket/Getty Images)
Repórter de Brasil e Economia
Publicado em 21 de março de 2024 às 10h32.
Última atualização em 23 de abril de 2024 às 10h40.
A arrecadação do governo federal teve crescimento real de 12,27% em fevereiro na comparação com o mesmo mês do ano anterior, e chegou a R$ 186,522 bilhões, informou a Receita Federal nesta quinta-feira, 21. O resultado é o melhor para o mês de fevereiro na série história da Receita, iniciada em 1995.
A arrecadação acumulada de janeiro a fevereiro de 2024 alcançou 441,86 bilhões, com acréscimo real de 8,98%. Esse é o melhor resultado para o bimestre desde 2000.
Em fevereiro, os recursos captados pela Receita, que englobam a coleta de impostos de competência da União, somaram R$ 179,021 bilhões, com alta de 11,95%. A arrecadação administrada por outros órgãos totalizou R$ 7,502 bilhões, com alta real de 20,41%.
Segundo o Fisco, o aumento arrecadatório pode ser explicado pelos recolhimentos do ajuste de IRPJ e CSLL e das desonerações concedidas no IPI e PIS/Cofins.
Como mostrou a EXAME, o resultado deve renovar o otimismos do Ministério da Fazenda para cumprir a meta fiscal. Técnicos do governo ouvidos pela reportagem afirmam que o primeiro Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas Primárias de 2024 tende a sinalizar uma projeção de déficit fiscal equivalente 0,25% do Produto Interno Bruto (PIB).
Para 2024, o orçamento prevê um superávit primário de R$ 9,1 bilhões. O novo arcabouço fiscal determina como meta zerar o déficit público no ano, com uma banda de 0,25 ponto percentual de tolerância. Com isso, o resultado pode ser de um superávit ou déficit de 0,25% do PIB.
Os analistas ouvidos em fevereiro pela Secretaria de Política Econômica (SPE) projetam que o governo entregará um déficit primário de R$ 82,8 bilhões em 2024, redução em comparação com os R$ 83,974 bilhões de janeiro.
De acordo com os dados da Receita, alguns fatores elevaram a arrecadação de impostos e contribuições federais no mês: