Economia

Arrecadação federal cresce 7,25% e bate recorde em agosto

O valor é o maior da história para meses de agosto desde o início da série histórica da Receita Federal, em 1995, em valores corrigidos pela inflação

Investimento: O Especialista ensina investimentos para iniciantes (Bruno Domingos/Reuters)

Investimento: O Especialista ensina investimentos para iniciantes (Bruno Domingos/Reuters)

AO

Agência O Globo

Publicado em 23 de setembro de 2021 às 16h26.

Última atualização em 23 de setembro de 2021 às 17h19.

A arrecadação federal foi de R$ 146,463 bilhões no mês de agosto. De acordo com dados da Receita Federal, divulgados nesta quinta-feira, o montante da arrecadação de impostos e contribuições federais no mês representa um avanço de 7,25 % em relação ao mesmo mês do ano anterior, já descontada a inflação.

De janeiro a agosto, o total de impostos e contribuições recolhidos ao Fisco foi de R$ 1,199 trilhão, montante 23,53% acima do registrado no mesmo período de 2020. De acordo com o Fisco, é a maior arrecadação para o mês e período na série histórica desde 2000.

Neste ano, apenas o mês de janeiro registrou decréscimo na comparação com o ano passado. Nos demais meses, o Fisco registrou avanços e a arrecadação foi recorde para o mês em fevereiro, março, abril e maio.

O governo usa os aumentos sucessivos do nível de arrecadação como argumento do governo para promover a reforma tributária. A lógica é que os aumentos de arrecadação se transformarão em redução de impostos, e que esse patamar já alcançado não irá recuar.

A proposta de alteração das regras do Imposto de Renda (IR), essencial para bancar o Auxílio Brasil no ano que vem, foi feita partindo dessa premissa.

De acordo com a Receita, mais uma vez a explicação para o resultado positivo passa pelos fatores não recorrentes. Os recolhimentos extraordinários do Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas (IRPJ) e Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL) somaram R$ 29 bilhões entre janeiro e agosto deste ano, contra R$ 2,8 bilhões no mesmo período do ano anterior.

O Fisco também destaca o crescimento das compensações, que cresceram 30% no período.

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