Economia

Arrecadação federal cai 4,12% e tem pior setembro desde 2010

A arrecadação vem sendo afetada pela recessão econômica, que caminha para ser a pior registrada pelo país em 25 anos


	Notas de real sobre cenário nacional: o desempenho para o mês foi o pior desde 2010
 (Marcelo Calenda/EXAME.com)

Notas de real sobre cenário nacional: o desempenho para o mês foi o pior desde 2010 (Marcelo Calenda/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 23 de outubro de 2015 às 10h36.

Brasília - A arrecadação do governo federal com impostos e contribuições teve queda real de 4,12 por cento em setembro sobre igual mês do ano passado, para 95,239 bilhões de reais.

O desempenho para o mês foi o pior desde 2010, quando havia sido de 90,984 bilhões de reais, em dados corrigidos pela inflação, informou a Receita Federal nesta sexta-feira. O resultado de setembro foi impactado por quedas na arrecadação com tributos como Imposto de Renda para Pessoa Jurídica e IPI.

A arrecadação vem sendo afetada pela recessão econômica, que caminha para ser a pior registrada pelo país em 25 anos. As indefinições no front fiscal e a intensa crise política também têm contribuído para elevar as percepções de risco, atrapalhando investidas do governo para levantar recursos extras.

No início deste mês, o governo anunciou o adiamento da abertura de capital da Caixa Seguridade em meio às condições ruins do mercado. Também amargou fraco interesse por blocos de petróleo num leilão com o qual esperava arrecadar cerca de 1 bilhão de reais.

Diante das dificuldades, a equipe econômica teve que rever a meta fiscal para o ano. Após iniciar 2015 com a promessa de obter um superávit primário de 1,1 por cento do Produto Interno Bruto (PIB), reduziu a projeção a apenas 0,15 por cento do PIB em julho.

Agora, a previsão é que registre déficit fiscal pelo segundo ano consecutivo, atrapalhando a estabilização da dívida pública e renovando a desconfiança dos agentes econômicos.

De janeiro a setembro, a arrecadação foi de 878,729 bilhões de reais, queda real de 2,61 por cento ante igual período do ano passado, ressaltando o árduo caminho que o Executivo tem pela frente para conseguir reequilibrar suas contas. 

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