Economia

Arrecadação de setembro é recorde para o mês, tem crescimento real de 11,61% e chega a R$ 203,1 bi

No acumulado do ano, resultado também é recorde e totalizou R$ 1,934 trilhão, um aumento real de 9,68% na comparação com o mesmo período do ano passado

Ministério da Fazenda: o resultado da arrecadação de setembro é maior para o mês desde o início da série histórica, em 1995. (Leandro Fonseca/Exame)

Ministério da Fazenda: o resultado da arrecadação de setembro é maior para o mês desde o início da série histórica, em 1995. (Leandro Fonseca/Exame)

share
Antonio Temóteo
Antonio Temóteo

Repórter especial de Macroeconomia

Publicado em 22 de outubro de 2024 às 10h31.

Última atualização em 22 de outubro de 2024 às 10h35.

Tudo sobreImpostos
Saiba mais

A arrecadação de impostos e contribuições federais registrou alta real de 11,61% em setembro e totalizou R$ 203,169 bilhões, segundo dados divulgados quinta-feira, 19, pela Receita Federal. O resultado é maior para o mês desde o início da série histórica, em 1995.

De janeiro a setembro o resultado também é recorde e totalizou R$ 1,934 trilhão, um aumento real de 9,68% na comparação com o mesmo período do ano passado.

Segundo a Receita Federal três fatores explicam o crescimento da arrecadação:

  • Melhora no desempenho da arrecadação do PIS/Cofins em razão da tributação de combustíveis;
  • Desempenho do Imposto de Importação e do IPI vinculado à importação; e
  • Crescimento da contribuição previdenciária e do recolhimento, em setembro, de valores diferidos em junho de 2024, em resposta à calamidade pública.

Além disso, o governo aprovou medidas no Congresso Nacional para reduzir a concessão de benefícios e incentivos fiscais. Entre as mais significativas estão mudanças na tributação de incentivos (subvenções) concedidos por estados e a retomada do voto de desempate no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf).

Arrecadação aumenta, mas despesas também crescem

A arrecadação em 2024 tem crescido significativamente após o governo aprovar no Congresso diversas medidas para acabar com benefícios fiscais ou isenções. Entretanto, o ritmo de crescimento da despesa pública tem sido significativo.

O reajuste real do salário mínimo, que afeta pagamentos de benefícios previdenciários, sociais e trabalhistas, e a concessão de aumento salarial para servidores públicos explicam parte significativa da alta das despesas públicas.

Acompanhe tudo sobre:receita-federalImpostos

Mais de Economia

Batalha global contra a inflação está quase vencida, diz FMI

FMI aumenta projeção de crescimento do Brasil em 2024

Por que investir em mulheres no comércio, agora, faz sentido econômico

Novela econômica brasileira: Inflação, Selic e o enredo de 2024