Economia

Arrecadação administrada pela Receita deve crescer 3%

Secretário adjunto da Receita Federal informou que projeção de aumento das receitas administradas pelo órgão para este ano passou a ser de 3%


	Prédio da Receita Federal: anteriormente, a estimativa era até 3,5%
 (Divulgação/Receita Federal)

Prédio da Receita Federal: anteriormente, a estimativa era até 3,5% (Divulgação/Receita Federal)

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Da Redação

Publicado em 26 de maio de 2014 às 14h26.

Brasília - O secretário adjunto da Receita Federal, Luiz Fernando Teixeira Nunes, informou hoje (26) que a projeção de aumento das receitas administradas pelo órgão para este ano passou a ser de 3%.

Anteriormente, a estimativa era até 3,5% mas, diante de um novo cenário, que inclui a redução das compensações de impostos por empresas, por exemplo, os técnicos foram obrigados a fazer nova previsão.

“Estamos trabalhando, neste ano, em torno de 3%”, informou Nunes, ao analisar o resultado recorde do mês de abril, quando a arrecadação de impostos e contribuições federais ficou em R$ 105,884 bilhões.

No primeiro quadrimestre, a arrecadação ficou, em termos nominais, em R$ 399,310 bilhões e teve crescimento real (corrigido pela inflação) de 1,78%, na comparação com o mesmo período do ano passado.

“Precisamos ter um lapso temporal maior para analisar o cenário. O comportamento das receitas em um ano não se repete no ano seguinte. Sempre [está] sujeito a revisões a posteriori”, destacou.

Ele lembrou que, no primeiro trimestre, houve um impacto positivo nos recolhimentos de impostos, em função das compensações feitas pelas empresas.

No entanto, evitou falar sobre a entrada em vigor de novas alíquotas de impostos sobre bebidas frias (cervejas, refrigerantes, isotônicos e refrescos) e sobre o aumento de outros impostos.

“A gente constrói os cenários. O poder decisório de aumento ou não de impostos não é da Receita Federal. São cenários colocados para o ministro da Fazenda, para a Casa Civil e Presidência República”, disse.

A estimativa de arrecadação extraordinária este ano está em R$ 28,4 bilhões.

No dia 13 de maio, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou o adiamento por três meses da decisão de aumentar os impostos para o setor de bebidas frias.

A previsão era que o reajuste entrasse em vigor em 1º de junho.

O coordenador de Estudos Tributários e Aduaneiros da Receita Federal, Claudemir Rodrigues, que acompanhou a entrevista do secretário adjunto da Receita, disse que o ministro ainda não fechou os percentuais de reajuste de impostos para o setor de bebidas frias.

“Será em três parcelas. O ministro está conversando com os setores, mas ainda não tomou nenhuma decisão sobre o reescalonamento e sobre os percentuais. Pode até ser depois de setembro [mais de 90 dias, como tinha anunciado Mantega]”, disse.

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