Veículos: Em 2012, exportações de componentes automotivos da Argentina ao Brasil caíram 6% em relação a 2011, enquanto as importações caíram 18% (ARQUIVO/GETTY IMAGES)
Da Redação
Publicado em 16 de setembro de 2012 às 16h54.
Buenos Aires - O secretário argentino de Comércio, Guillermo Moreno, se reunirá na próxima terça-feira em São Paulo com o presidente da Fiesp, Paulo Skaf, e mais 200 empresários do setor automotivo para buscar soluções aos impedimentos da troca comercial, afirmaram fontes oficiais neste domingo.
À frente de uma comitiva oficial, Moreno debaterá com o titular da Federação de Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e executivos de ambos países a queda da troca comercial no setor automotivo durante este ano, indicou o Governo argentino através de uma nota.
Nos primeiros oito meses de 2012, as exportações de componentes da indústria automotiva da Argentina ao Brasil se reduziram 6% em relação ao mesmo período de 2011, enquanto as importações caíram 18%.
'Na terça-feira vamos iniciar uma missão comercial na cidade de São Paulo', que consistirá em 'rodadas de negócios com terminais automotivo e com distribuidores brasileiros de auto-peças para que possam vender mais componentes argentinos no Brasil', explicou o embaixador argentino no Brasil, Luis María Kreckler, à agência estatal 'Télam'.
Segundo o diplomata, nos últimos meses 'houve um desbloqueio' na troca comercial entre ambos os países, algo que estava bem afetado nos primeiros meses do ano.
Em junho, funcionários das duas nações aproveitaram a cúpula semestral do Mercosul na cidade argentina de Mendoza para aparar as diferenças no comércio bilateral, com atenção especial a uma nova estratégia para a indústria automotiva.
O acordo para impulsionar o comércio bilateral aconteceu após as críticas lançadas por empresários de ambos os países contra o que consideram políticas protecionistas adotadas pelos Governos, que se traduziram em uma queda da troca comercial e do emprego.
Na ocasião, os ministros de Indústria da Argentina, Débora Giorgi, e do Brasil, Fernando Pimentel, concordaram na necessidade de 'redesenhar a política comum automotiva nos próximos anos', segundo as fontes consultadas.
De acordo com estimativas oficiais, no último ano o déficit da Argentina no comércio com o Brasil foi de US$ 5,8 bilhões, com um crescimento anual das compras ao Brasil de 23%. EFE