Christiane Lagarde, do FMI, e Mauricio Macri, presidente da Argentina (David Fernandez/Reuters)
AFP
Publicado em 22 de junho de 2018 às 22h20.
Última atualização em 23 de junho de 2018 às 15h25.
A Argentina recebeu 15 bilhões de dólares do Fundo Monetário Internacional (FMI), primeira parcela de um crédito por 50 bilhões para enfrentar a crise cambial e estabilizar a economia, informou o Banco Central em comunicado.
Para enfrentar uma corrida cambial que começou no final de abril e que gerou uma desvalorização da moeda de quase 35% ao longo deste ano, o FMI fechou nesta semana um acordo com a Argentina.
Segundo o acordo, a metade dos 15 bilhões se destinarão ao apoio orçamentário e outra a operações com o Banco Central para estabilizar o mercado cambial.
Os restantes 35 bilhões estarão à sua disposição nos próximos três anos e Buenos Aires poderá acessá-los caso cumpra o programa econômico que se comprometeu a aplicar.
Na carta de intenções a Argentina se compromete a levar a zero em 2020 seu déficit fiscal, que no ano passado fechou em 3,9% do PIB.
Como previsão, foi incluída a cláusula que permite ao Estado elevar o gasto com planos sociais caso a pobreza, que em 2017 foi de 25%, aumente.